O medo preside a estas memórias, um medo perpétuo. Embora infância alguma esteja isenta dos seus terrores, pergunto-me se teria sido um rapaz menos assustado se Lindbergh não tivesse sido presidente ou se eu não tivesse sido filho de judeus.
Se… se… se…
O que aconteceria a um milhão de famílias judias se a história da América tivesse sido diferente?
Sinopse: Quando o famoso herói da aviação e isolacionista fanático Charles Lindbergh derrotou esmagadoramente Franklin Roosevelt nas eleições presidenciais de 1940, o medo invadiu todos os lares judaicos da América. Num discurso transmitido pela rádio à escala nacional, Lindbergh não só tinha acusado publicamente os judeus de empurrarem egoistamente a América para uma guerra sem sentido com a Alemanha nazi, mas também, ao tomar posse como trigésimo terceiro presidente dos Estados Unidos, negociara um pacto cordial com Adolfo Hitler, cuja conquista da Europa e cuja virulenta política anti-semita ele parecia aceitar sem dificuldade.
Partindo dum cenário hipotético, Philip Roth, assim se designa o narrador e personagem deste romance, recorda o que foi para a sua família de Newark e para um milhão de outras famílias, a vida nos anos da presidência de Lindbergh.
Eu prestava fidelidade à bandeira da nossa pátria todas as manhãs na escola. Festejava fervorosamente os seus feriados nacionais. A nossa pátria era a América. Depois os Republicanos designaram Lindbergh e todo mudou.
A conspiração contra a América, de Philip Roth
Dom Quixote, 2005
Tradução de Fernanda Pinto Rodrigues
451 págs.
Cara Teresa,
ResponderEliminarConfesso que pessoalmente não consigo ler vários livros do mesmo autor de forma seguida. Já acabou A Questão Finkler?
Relativamente ao Anjo Branco já respondi ao seu comentário no meu blog.
Desculpe o atrevimento, mas sugiro que lei O Livro da Avó Alice da Alice Viera. É um livro de muito fácil leitura, não tem nada a ver com os grandes clássicos mas é extremamente divertido e é bom para variar.
Olá Tiago,
ResponderEliminarObrigada pela sugestão. Preciso mesmo de um livro ligeirinho.
Sobre "A Questão Finkler" parei na pág. 88 para iniciar a minha maratona. Parei, mas não desisti de o ler.
Comprei agora "Liberdade". São 684 págs. Vou fazer uma leitura calma, muito calma.
Este "A CONSPIRAÇÃO CONTRA A AMÉRICA", não sendo o melhor livro do Philip Roth, é também um belíssimo livro deste grande autor americano.
ResponderEliminarConcordo.
ResponderEliminarSendo fã incondicional de Philip Roth, é difícil dizer isto mas... não sendo o melhor... é bom, muito bom!
Tem razão Teresa mas qual é afinal o melhor livro do Philip Roth? para mim são todos bons (ainda não os que li todos). O próximo deverá ser TRAIÇÕES (creio que será dos primeiros que escreveu)
ResponderEliminarÉ verdade, para mim também é difícil dizer qual é o melhor - são TODOS.
ResponderEliminarDe qualquer modo aconselho a leitura de "Casei com um comunista" (sério, muito sério) e "O complexo de Portnoy" (uma galhofa do princípio ao fim).
"Traições" é fascinante mas ligeirinho.
OLá Teresa,
ResponderEliminarTenho "A conspiração contra a América" para ler em breve. Espero que seja uma leitura que me agrade.
Passei por aqui pela primeira vez hoje e agradou-me imenso ler algumas das suas opinioes sobre Literatura.
Ei de vir cá mais vezes.
silenciosquefalam.blogspot.com
Olá Miguel, seja bem-vindo.
ResponderEliminarJá leu alguma obra de Philip Roth ou "A Conspiração contra a América" vai ser a primeira?
Eu partiria à descoberta deste autor com a leitura de "Casei com um comunista". É fabuloso!
Não leve a mal a sugestão.
Vou espreitar o seu cantinho.