12 junho, 2018

À terça - imagens e palavras: "morte"


"Não usarei a morte para escapar à doença, desde que a doença seja curável. Morrer apenas por causa da dor é admitir a derrota. Mas se sei que a minha condição vai durar para sempre, abandono a vida. Não por causa da dor propriamente dita, mas porque isso me vai tirar as razões para viver. É o homem fraco que morre por causa da dor, mas é o homem tolo que vive em nome da dor."


Frase de Séneca, filósofo, escritor, mestre da retórica e estadista da Roma Antiga (-4/65)
Foto da net.

10 comentários:

  1. Um texto sempre atual e atualizado!
    bj

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  2. Um tema que ainda vai fazer correr muita tinta, que ainda vai exigir muito debate.
    Precipitações dão o resultado que deram.
    Beijo, boa terça-feira

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  3. Tema forte e concordo com ele. Lindo! beijos, chica

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  4. Grande filósofo! Naquela época já era contra a escravidão e as desigualdades sociais.

    ...isso me vai tirar as razões para viver
    Sim, isso leva-nos a pensar muito nessas coisas.

    Bem, esse texto que colocaste faz a gente pensar muito quando temos alguém da nossa família a sofrer com alguma doença grave e sem volta. Ter uma morte com sofrimento ou uma morte sem sofrimento, gera enorme polêmica. Enorme. Na maioria dos países não se aceita a Eutanásia - induzir a pessoa já desenganada, a uma morte sem sofrimento. Muitos levam a pessoa à Distanásia - prolongam a vida o que podem, mesmo com sofrimento, na tentativa de salvá-la. E a Ortotanásia é dar à pessoa uma morte com dignidade, não deixá-la sofrer, o médico usando meios de não interferir no método natura da morte.
    É polêmico, não amiga??? Eu optaria toda a vida por querer uma morte digna.

    beijo, amiga! É um assunto que sempre debato.Gostei!

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  5. Olá Gracinha, Pedro, Rejane, Tais!
    A partir do momento em que nascemos é certo que iremos morrer, um dia, mais cedo ou mais tarde. É a lei da vida!
    Não pensamos na morte durante a infância, a adolescência, a "jovem" idade adulta. Começamos a pensar nela quando perdemos os que nos são mais queridos, quando uma dor aqui outra ali nos diz que já nos ronda a porta.
    Consultas, exames, tratamento, e esquecemos.
    Acontece, que nem medicamentos, suplementos, alimentação saudável, exercício físico, "desporto" psicológico, oração, etc. e tal, a afastarão da nossa porta.
    Pois bem, eu estou preparada para que ela um dia entre sorrateira e me leve para longe dos que amo.
    Mas não, não estou preparada para sofrer antes de morrer e muito menos para ficar dependente de familiares ou estranhos. NÃO!
    Perdida a esperança e atingido rapidamente um estado tal de dependência que nem sequer com o olhar eu possa comunicar que deixei de ter razões para viver, que terminem com o meu sofrimento, que parem de prolongar a vida que não quero… isso deixa-me em pânico!

    «A vida é como uma história: o importante é como é feita, não se é comprida. Mas dá-lhe um bom fim.», palavras de Séneca.

    Este tema incomoda-me!
    Beijo para todos.

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  6. Boa tarde, O essencial faz a vida valer a pena, quando o sofrimento supera o essencial, tenho todo o direito de fazer com a minha vida o que quero, não quero, não aceito, sofrer e estar dependente de familiares e causar-lhes sofrimento.
    Continuação de feliz semana,
    AG

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  7. " Este tema incomoda-me" também, querida amiga, mas incomoda-me também muito ver as pessoas no hospital ou nos cuidados continuados sem qualquer perspectiva de melhora e ninguém faz um acto de humanidade ajudando esse ser a partir. Conheço um caso em que uma filha já nāo consegue visitar o pai, pois ele está a " desfazer-se" e lá continua. A filha até já pediu para que o deixassem partir, mas...nada! Muito, muito deprimente uma situação destas. Mas, amiga, a vida não nos permite escolha e vai decidir por nós, quando e como vai deixar a morte chegar. Um beijinho e até!!!
    Emilia

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  8. Terrível e profundo este Séneca!
    A morte, o acontecimento mais certo, alias o único certo, que temos na vida. Contudo, não queremos encará-la, não nos habituamos a ela.
    Incomoda-nos e de que maneira!

    Neste momento, tenho uma tia no hospital na situação que a Emília que descreve. Aí é que vemos que, se não forem as nossas boas acções enquanto podemos agir, não valemos mesmo nada.

    Beijinhos

    Olinda

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  9. Um tema que deveria ser mais discutido, aprofundado. O que mais incomoda não é a morte, é a pessoa não saber como ela vai chegar si. Todos irão passar por essa porta. Fugir não dá.
    Continuação de boa semana!
    Um abraço!
    Escrevinhados da Vida

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  10. Olá António, Emília, Olinda, Smareis!
    Como não podemos fugir da morte, vivamos intensamente os dias que nos restam.
    "Desfazer-me" lentamente numa sala de serviços continuados, rodeada de estranhos, sofrendo e fazendo sofrer familiares... só de pensar nisso me agonio.
    Deus me dê lucidez para no fim da linha poder dizer: QUERO PARTIR.

    «Uma vida mais longa não é necessariamente melhor e uma morte mais longa é necessariamente pior.», palavras de Séneca.

    Beijo para todos.

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