Saramago é um mágico com as palavras. Quando eu tiver a idade dos velhos, quero servir como servem o vinho; aos goles dar prazer e aos goles tirar o siso de quem não perde o juízo.
Eu já falei para o Jovem Pedro Coimbra - que assina o comentário abaixo do meu - que, amigo verdadeiro, não nos mata com a doce verdade, mesmo que a ponta de suas flechas estejam adoçadas com mel, pois, amigo que se preza não fala a verdade, principalmente se essa verdade nos cala. O nome disso é, edu- cação. E disso você entende, minha amiga querida.
Quando te enganas, meu amigo! Saramago aprende-se a gostar lendo. Acredita, Pedro, Saramago é viciante. Não comeces pelo "Memorial do Convento". Deixa esse para o fim. Começa por "A jangada de pedra", continua para "Ensaio sobre a lucidez", depois "Ensaio sobre a cegueira", depois... lê tudo! Pedro, esquece o homem e deleita-te com a obra extraordinária.
Já que falamos de livros, foi agora publicado em Portugal "China em dez palavras", um livro não-ficção de Yu Hua (autor de "Crónica de um Vendedor de Sangue", 2017) Revolução, Povo, Líder,Leitura, Escrita... são algumas das palavras com que ele, em pequenas histórias, descreve o seu país. Já ouviste falar do livro? Beijo.
Mas que frase, amiga!!! Cheia de sabedoria, mas com um assunto que me tem feito pensar muito. Ainda há dias falando sobre as " maravilhas " da velhice, da sabedoria que se adquire com os anos, de toda a experiência que temos, eu disse que tudo isso era uma grande " treta ". Puseram-nos no mundo sem que pedissemos e, na melhor das hipóteses para durarmos uns 80 anos, muitas vezes já muito trôpegos e com pouca lucidez; sendo assim, de que nos adianta tanta sabedoria, tanta experiência se nos resta tão pouco tempo para passarmos aos outros tudo isso?Até aqui eu não me considerava sábia, nem experiente, mas agora talvez até seja um pouco de tudo isso, mas que tempo terei eu para andar por cá? E em que condições? Não, amiga, não acho nada boa a velhice e é bem verdade, sabemos muito, mas podemos muito pouco e, quanto mais a idade avança, menos podemos e, pior, ninguém está interessado naquilo que sabemos; teremos muita sorte se não nos arrumarem a um canto com se faz a um móvel velho Estou a ser pessimista? Estou a ser realista e, sabes, comecei a pensar no assunto quando comecei a ver o que a idade estava a fazer com os meus pais. Bem...o melhor é não pensarmos nisso e irmos vivendo um dia de cada vez da melhor maneira que pudermos e soubermos. Um abraço muito, muito apertadinho, querida amiga e boa noite. Emilia
Querida Emília, neste teu texto lindo, lindo, nada ficou por dizer sobre a sabedoria da velhice. Afirmas que a frase de Saramago está cheia de sabedoria, pois este texto não lhe fica atrás. Pessimista, tu? Nunca! Realista, sempre! Amei, querida amiga, e concordo 100 % contigo. Que Deus permita que "andes por cá muito tempo" para trocarmos abraços apertadinhos, aconchego para dias como o de hoje: cinzento, frio, chuvoso. Beijo.
Um pensamento de grande sabedoria. Penso que li tudo do Saramago. E, para mim, o seu melhor livro terá sido a História do Cerco de Lisboa. Bom fim de semana, amiga Teresa. Beijo.
Olá Jaime! Comecei a ler Saramago pelo "Memorial do Convento". Depois de 50 páginas lidas parei e dali não saí mais. Desisti! Anos depois aconselharam-me "A História do Cerco de Lisboa" e Saramago passou a ser um amor para toda a vida (como diz a cantiga). Dele li quase tudo (quase porque me faltam alguns Diários). Até "Memorial do Convento". Se tivesse de escolher um só livro do nosso Nobel seria "A Jangada de Pedra". Um romance extraordinário! Bom fim de semana também para si, meu amigo. Beijo.
Amiga, eu adoro Saramago! Essa sua frase é feliz e infeliz, explico: É feliz porque disse, devido as suas observações e vivência uma coisa muito certa. Quando jovens podemos tudo e pouco sabemos sobre a vida; quando velhos, sabemos muito mais e pouco podemos, mesmo com nossos conhecimentos. Fácil de entendermos. A Emília foi muito feliz em seu comentário. Eu gostava do escritor e do ser humano. Deixo aqui também minha homenagem quando faleceu, foi tão triste aquele 18 de junho de 2010... Beijo, querida amiga.
Pois comecei a ler Saramago com "Levantado do Chão". Nem queiras saber! A princípio achei-o pesadão, a falta de pontuação tirava-me o fôlego e dificultava a compreensão. Contudo, à medida que ia lendo ia ficando presa naquela malha. Já só queria ler mais e mais. Li todos os livros ou quase todos. A "Jangada de Pedra" foi um dos momentos mais lindos. Mas, gostei de todos.
Olinda, senti o mesmo com "Memorial do Convento". Durante anos não voltei, nem sequer pensei, em Saramago. Acabei por voltar e gostar. Por vezes sinto falta de um novo romance dele, da sua escrita e imaginação brilhante. Acabou!!! Beijo, querida amiga.
Mas que frase inteligente Teresa!!! bj
ResponderEliminarGracinha, a prosa de Saramago é sensacional!
EliminarGostava que todos os portugueses o lessem.
Beijo.
Grande verdade mesmo,rs...beijos, chica e lindo dia!
ResponderEliminarSaramago é um mágico
ResponderEliminarcom as palavras. Quando
eu tiver a idade dos
velhos, quero servir como
servem o vinho; aos goles
dar prazer e aos goles tirar
o siso de quem não perde o
juízo.
Beijos, amiga. Beijos.
.
Uau!
EliminarFazer magia com as palavras não é só dom de Saramago, tu também - quando queres - és mágico.
Silvio, amei!
Beijo.
Eu já falei para o Jovem
EliminarPedro Coimbra - que assina
o comentário abaixo do meu
- que, amigo verdadeiro, não
nos mata com a doce verdade,
mesmo que a ponta de suas
flechas estejam adoçadas
com mel, pois, amigo que
se preza não fala a verdade,
principalmente se essa verdade
nos cala. O nome disso é, edu-
cação. E disso você entende,
minha amiga querida.
Te amo, Teresa. Beijos.
.
Eu e o Saramago é mesmo uma relação impossível.
ResponderEliminarNão gosto, acho que nunca gostarei, dele.
Do homem e do autor.
Beijos
Quando te enganas, meu amigo!
EliminarSaramago aprende-se a gostar lendo.
Acredita, Pedro, Saramago é viciante.
Não comeces pelo "Memorial do Convento". Deixa esse para o fim.
Começa por "A jangada de pedra", continua para "Ensaio sobre a lucidez", depois "Ensaio sobre a cegueira", depois... lê tudo!
Pedro, esquece o homem e deleita-te com a obra extraordinária.
Já que falamos de livros, foi agora publicado em Portugal "China em dez palavras", um livro não-ficção de Yu Hua (autor de "Crónica de um Vendedor de Sangue", 2017)
Revolução, Povo, Líder,Leitura, Escrita... são algumas das palavras com que ele, em pequenas histórias, descreve o seu país.
Já ouviste falar do livro?
Beijo.
Claro que pretendia dizer "Quanto te enganas...".
EliminarAcho que não vai ser fácil.
EliminarNão me entra de maneira nenhuma.
Beijo
Mas que frase, amiga!!! Cheia de sabedoria, mas com um assunto que me tem feito pensar muito. Ainda há dias falando sobre as " maravilhas " da velhice, da sabedoria que se adquire com os anos, de toda a experiência que temos, eu disse que tudo isso era uma grande " treta ". Puseram-nos no mundo sem que pedissemos e, na melhor das hipóteses para durarmos uns 80 anos, muitas vezes já muito trôpegos e com pouca lucidez; sendo assim, de que nos adianta tanta sabedoria, tanta experiência se nos resta tão pouco tempo para passarmos aos outros tudo isso?Até aqui eu não me considerava sábia, nem experiente, mas agora talvez até seja um pouco de tudo isso, mas que tempo terei eu para andar por cá? E em que condições?
ResponderEliminarNão, amiga, não acho nada boa a velhice e é bem verdade, sabemos muito, mas podemos muito pouco e, quanto mais a idade avança, menos podemos e, pior, ninguém está interessado naquilo que sabemos; teremos muita sorte se não nos arrumarem a um canto com se faz a um móvel velho Estou a ser pessimista? Estou a ser realista e, sabes, comecei a pensar no assunto quando comecei a ver o que a idade estava a fazer com os meus pais. Bem...o melhor é não pensarmos nisso e irmos vivendo um dia de cada vez da melhor maneira que pudermos e soubermos. Um abraço muito, muito apertadinho, querida amiga e boa noite.
Emilia
Querida Emília, neste teu texto lindo, lindo, nada ficou por dizer sobre a sabedoria da velhice.
EliminarAfirmas que a frase de Saramago está cheia de sabedoria, pois este texto não lhe fica atrás.
Pessimista, tu? Nunca! Realista, sempre!
Amei, querida amiga, e concordo 100 % contigo.
Que Deus permita que "andes por cá muito tempo" para trocarmos abraços apertadinhos, aconchego para dias como o de hoje: cinzento, frio, chuvoso.
Beijo.
Um pensamento de grande sabedoria.
ResponderEliminarPenso que li tudo do Saramago. E, para mim, o seu melhor livro terá sido a História do Cerco de Lisboa.
Bom fim de semana, amiga Teresa.
Beijo.
Olá Jaime!
EliminarComecei a ler Saramago pelo "Memorial do Convento". Depois de 50 páginas lidas parei e dali não saí mais. Desisti!
Anos depois aconselharam-me "A História do Cerco de Lisboa" e Saramago passou a ser um amor para toda a vida (como diz a cantiga). Dele li quase tudo (quase porque me faltam alguns Diários). Até "Memorial do Convento".
Se tivesse de escolher um só livro do nosso Nobel seria "A Jangada de Pedra". Um romance extraordinário!
Bom fim de semana também para si, meu amigo.
Beijo.
Olá amiga as palavras são corretas, maravilhoso escritor.
EliminarSua escolha é sempre maravilhosa.
Beijinhos, Léah
Amiga, eu adoro Saramago! Essa sua frase é feliz e infeliz, explico:
ResponderEliminarÉ feliz porque disse, devido as suas observações e vivência uma coisa muito certa. Quando jovens podemos tudo e pouco sabemos sobre a vida; quando velhos, sabemos muito mais e pouco podemos, mesmo com nossos conhecimentos. Fácil de entendermos. A Emília foi muito feliz em seu comentário. Eu gostava do escritor e do ser humano.
Deixo aqui também minha homenagem quando faleceu, foi tão triste aquele 18 de junho de 2010...
Beijo, querida amiga.
https://taisluso.blogspot.com/2010/06/jose-saramago-nosso-adeus.html?showComment=1281923337658
É assim amiga, os bons vão, ficam os maus, os reles, os desprezíveis...
EliminarBeijo e bom domingo.
Querida Teresa
ResponderEliminarPois comecei a ler Saramago com "Levantado do Chão". Nem queiras saber! A princípio achei-o pesadão, a falta de pontuação tirava-me o fôlego e dificultava a compreensão. Contudo, à medida que ia lendo ia ficando presa naquela malha. Já só queria ler mais e mais. Li todos os livros ou quase todos. A "Jangada de Pedra" foi um dos momentos mais lindos. Mas, gostei de todos.
Beijinhos
Olinda
Olinda, senti o mesmo com "Memorial do Convento". Durante anos não voltei, nem sequer pensei, em Saramago. Acabei por voltar e gostar.
EliminarPor vezes sinto falta de um novo romance dele, da sua escrita e imaginação brilhante. Acabou!!!
Beijo, querida amiga.