Sinopse: “Peter e Rebecca Harris, na casa dos quarenta e a viver em Manhattan, aproximam-se do apogeu das suas carreiras em arte: ele, negociante; ela, editora numa boa revista da especialidade. Com um moderno e espaçoso apartamento, uma filha adulta a estudar na universidade em Boston e amigos inteligentes e animados, levam um invejável estilo de vida urbano contemporâneo e parecem ter todas as razões para serem felizes. Mas é então que o irmão de Rebecca surge em cena. Extremamente parecido com ela, mas muito mais novo, Ethan (conhecido na família como Mizzy, «O Erro») resolve visitá-los. Na sua presença, Peter começa a pôr em causa os artistas, o trabalho destes, a sua carreira – todo o mundo que construíra com tanto cuidado.
Tal como o aclamado romance As Horas, vencedor do Prémio Pulitzer, esta nova obra de Cunningham constitui uma visão dolorosa do modo como vivemos hoje em dia. Plena de peripécias inesperadas, faz-nos pensar (e sentir) com profundidade nas utilizações e no significado da beleza e no papel do amor nas nossas vidas."
Tive alguma dificuldade em ler este último livro de Michael Cunningham.
Primeiro, pela forma como o narrador “penetra” na história, opinando, comentando, interferindo.
Depois, porque de capitulo para capítulo me via obrigada a desmontar o perfil que construía das personagens.
Depois ainda, porque o clima de desastre, que surge no primeiro capítulo com o atropelamento de um cavalo numa rua de New York, aumenta sem cessar até ao final da narrativa, o que me deixou extenuada e aterrorizada com a crise da alma de todas as personagens.
Peter, elegante, próspero e sensível negociante de arte, vive com a mulher Rebecca uma calma, cúmplice e bela história de amor. Tudo se desmorona a partir da chegada do cunhado Mizzy, jovem, belo, toxicodependente, viajante, que instila desejo, atracção e repulsa.
Peter envolve-se e o caos instala-se.
Mizzy atrai, destrói e volta a partir.
Peter e Rebecca continuarão a manter a relação, tentando, falhando e tentando de novo.
Trata-se de uma história sobre os mistérios da beleza e do desejo, da arte e da ilusão, do tempo e do amor.
Tal como o aclamado romance As Horas, vencedor do Prémio Pulitzer, esta nova obra de Cunningham constitui uma visão dolorosa do modo como vivemos hoje em dia. Plena de peripécias inesperadas, faz-nos pensar (e sentir) com profundidade nas utilizações e no significado da beleza e no papel do amor nas nossas vidas."
Tive alguma dificuldade em ler este último livro de Michael Cunningham.
Primeiro, pela forma como o narrador “penetra” na história, opinando, comentando, interferindo.
Depois, porque de capitulo para capítulo me via obrigada a desmontar o perfil que construía das personagens.
Depois ainda, porque o clima de desastre, que surge no primeiro capítulo com o atropelamento de um cavalo numa rua de New York, aumenta sem cessar até ao final da narrativa, o que me deixou extenuada e aterrorizada com a crise da alma de todas as personagens.
Peter, elegante, próspero e sensível negociante de arte, vive com a mulher Rebecca uma calma, cúmplice e bela história de amor. Tudo se desmorona a partir da chegada do cunhado Mizzy, jovem, belo, toxicodependente, viajante, que instila desejo, atracção e repulsa.
Peter envolve-se e o caos instala-se.
Mizzy atrai, destrói e volta a partir.
Peter e Rebecca continuarão a manter a relação, tentando, falhando e tentando de novo.
Trata-se de uma história sobre os mistérios da beleza e do desejo, da arte e da ilusão, do tempo e do amor.
Frases que escolho: "A juventude é a única tragédia sexualmente atraente." (pág. 155) "Construimos palácios para que os mais jovens os possam destruir, para que possam pilhar as adegas e mijar das varandas adornadas de tapeçarias" (pág. 302)
Ao cair da noite, de Michael Cunningham
Gradiva, 2010
Tradução de Ana Falcão Bastos
306 págs.
Gradiva, 2010
Tradução de Ana Falcão Bastos
306 págs.
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