Sinopse: “Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.
Foi ao terceiro dia da nossa viagem, na estrada entre Oran e Argel, Novembro de 1987”.
Mais um excelente livro do Miguel Sousa Tavares.
Um “quase romance” que se devora em pouco mais de duas horas.
Um homem e uma jovem partem juntos, por simples acaso, para uma travessia do deserto.
São 40 dias “de inocência, de iniciação, de descoberta pelo Sahara adentro, pelas nossas almas adentro”. No final da travessia separam-se e não voltam a ver-se.
Foi ao terceiro dia da nossa viagem, na estrada entre Oran e Argel, Novembro de 1987”.
Mais um excelente livro do Miguel Sousa Tavares.
Um “quase romance” que se devora em pouco mais de duas horas.
Um homem e uma jovem partem juntos, por simples acaso, para uma travessia do deserto.
São 40 dias “de inocência, de iniciação, de descoberta pelo Sahara adentro, pelas nossas almas adentro”. No final da travessia separam-se e não voltam a ver-se.
Um hino à amizade, ao amor, ao companheirismo.
Fabuloso!
Frase que escolho: “…não precisas de falar só porque vamos calados. A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio.” (pág. 97)
No teu deserto, de Miguel Sousa Tavares
Oficina do Livro, 2009
125 págs.
Fabuloso!
Frase que escolho: “…não precisas de falar só porque vamos calados. A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio.” (pág. 97)
No teu deserto, de Miguel Sousa Tavares
Oficina do Livro, 2009
125 págs.
Sem duvida um excelente livro. Um livro que falamos sobretudo do absurdo da vida. Deixo aqui o meu comentário na altura da publicação do livro.
ResponderEliminar“Parti com ela para o deserto por simples acaso, porque sobrava um lugar vazio no meu jipe e ela era amiga de uma amiga minha. Não a conhecia de lado nenhum.” Em Novembro de 1987, saíram da mítica Torre de Belém para uma viagem de 40 dias no deserto. Todavia, logo na primeira frase da obra, o autor revela que no fim Cláudia morre “sem aviso, sem razão, a benefício apenas da história que se quis contar” e é ao saber da morte de Cláudia, já no final do livro, que o autor declara o absurdo da vida, o absurdo que o fez partir com uma pessoa que não conhecia para aquela inesquecível viagem, o absurdo que o fez estar, depois daquela viagem, muitos anos sem ver Cláudia, ou o absurdo que o levou a saber da morte da sua amiga bastante tempo depois de esta falecer.
Ao longo do livro, por vezes, chegamos a julgar que estamos a ler um livro de viagens, outras, um romance, mas, nesta obra em que a influência de Albert Camus é bem visível, o autor prefere designá-la como “quase romance”. Uma historia real, em que o autor presta homenagem a uma amiga.
Boa leitura…
Adorei este livro, ainda não li mais nenhum deste escritor mas adorei este;)
ResponderEliminarOlá Carlinha,
ResponderEliminarConcordo contigo. É um livrinho adorável.
Não deixes de ler "Equador". É espectacular!
Certamente que o irei ler, já está cá em casa, até já o comecei a ler. Mas alguém sem querer me deu indicações sobre o final e eu não consegui continuar a ler;)Sou um pouco estranha nas leituras se souber a história não consigo ler o livro. Mas este eu vou ler agora quando, ups não sei...
ResponderEliminarBeijinhos e boas leituras;)
Olá Carlinha,
ResponderEliminarAcredito que do "Equador" já saibas tudo até porque já passou na televisão.
Este é pequenino no número de páginas mas enorme na mensagem que nos transmite.
Força Carlinha, volta às tuas boas leituras.
Bjs.