26 novembro, 2015

Quando nasci... em "Eu, Malala", de Malala Yousafzay


Quando nasci, os habitantes da nossa aldeia exprimiram o seu pesar à minha mãe e ninguém deu os parabéns ao meu pai. Cheguei de madrugada, quando a última estrela se extinguia. Nós, os Pastós, consideramos que isso é um sinal auspicioso. O meu pai não tinha dinheiro para pagar o hospital nem para uma parteira, por isso foi uma vizinha que ajudou no me nascimento. O primeiro bebé dos meus pais fora nado-morto, mas eu saltei cá para fora a espernear e a berrar. Era uma menina nascida numa terra em que se disparam armas para celebrar o nascimento de um filho, enquanto as filhas são escondidas por detrás e uma cortina, sendo o seu papel na via simplesmente fazer comida e parir filhos.”

Sinopse:
No dia 9 de Outubro de 2012, Malala Yousafzay, então com 15 anos, regressava a casa vinda da escola quando a carrinha onde viajava com as professoras e as colegas foi mandada parar e um homem armado disparou três vezes à queima-roupa sobre a jovem, atingindo também outras duas raparigas. Nos últimos anos Malala – uma voz cada vez mais conhecida, não só na região de onde é oriunda, o Vale de Swat, mas também em todo o Paquistão, por lutar pelo direito à educação de todas as crianças, especialmente das raparigas – tornou-se um alvo para os terroristas islâmicos. Esta é a história, contada na primeira pessoa, da menina que se recusou a baixar os braços e a deixar que os talibãs lhe ditassem a vida.

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