“Despedimo-nos das pessoas com uma graçola pateta, rimo-nos no patamar da escada, no elevador o gelo instala-se de imediato.
Devia um dia estudar-se este silêncio noturno, típico das viagens de carro nos regressos a casa, após se ter exibido a felicidade à frente do público, um misto de arregimentação e de mentira autoinfligida.”
Yasmina Reza, escritora francesa (1959-), in “Felizes os felizes”, Ed. Quetzal, 2014
Leia mais sobre este encantador romance aqui.
Leia mais sobre este encantador romance aqui.
(Foto da net.)
Há GELOS e gelos...Faz pensar!Gostei! beijos praianos,chica
ResponderEliminarGelos que melhoram o gosto de uma qualquer bebida, gelos que desgastam relações.
EliminarBeijo, amiga Chica.
Bom Dia, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarApós se exibir como pavão aos estranhos, o ser humano se depara com o gelo da indiferença de si mesmo pelo fato de não se amar O suficiente... pelo gelo dos que mais ama... pelo gelo dos que lhe cercam de um modo em geral...
Muito profunda mensagem e verdadeira.
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
🙏🌹🌺⚘🌷🌼💐🌸🌻🙏
Deitadas fora as máscaras, volta intacta a mentira vivida a dois.
EliminarBeijo carinhoso, minha amiga.
Que pena quando é assim, amiga!
Eliminar🌹🌺⚘🌷🌼🌸🌻
Exibe-se uma felicidade aparente. Depois instala-se um silêncio demasiado ruidoso que gela o coração. E pensa-se no amor como se de uma fraude se tratasse e um frio imenso nos rodeasse as mãos cheias de mendicidade…
ResponderEliminarO texto de Yasmina Reza e muito inquietante, Teresa. Muito boa a escolha da imagem.
Um grande beijo, minha Amiga.
Actores no palco da vida, minha amiga.
EliminarE somos todos!
Beijo, querida Graça.
Teresa,
ResponderEliminarAdorei o texto e o título
in “Felizes os felizes”.
Gosto muito quando posso com calma vir
aprender aqui.
Se desejar conhece meu blog de frase
frases https://frasesemreflexos.blogspot.com/
Bjins
CatiahoAlc.
Catiaho, gosto que gostes de passar por aqui.
EliminarVou seguir o teu "frases em reflexos" pelo meu "pétalas de sabedoria".
Beijo.
Sabe Teresa, por eu ter um pensamento parecido com de Yasmina (não espalha, tá?) eu quase não tenho uma vida social, acho muitas pessoas superficiais, claro, não estou generalizando, mas prefiro o aconchego de meu lar. Já me bastam os encontros raros de família que preciso ir porque amo os meus pais e irmãos e sei que isso é muito importante para eles.
ResponderEliminarMas a sociedade é muito hipócrita, em grande parte e, precisamos mesclar.
Bjs, flor.
Proseando num dia
Cleo, concordo consigo quanto ao papel da hipocrisia nas relações sociais mas este pequenino excerto do livro de Yasmina Reza refere-se às mudanças no comportamento emocional do casal, em público e em privado. O fingimento perante os outros; o silêncio a dois.
EliminarBeijo.
Comprendo, mas tirei pra mim esse trecho. Obrigada por esclarecer, mesmo assim me identifico.
EliminarBjim, flor.
E às vezes o silêncio é tão ruidoso que quase nos ensurdece.
ResponderEliminarAbraço
Há silêncios que doem e dilaceram corações.
EliminarNão gosto de silêncios, nem sequer de modificações no tom da voz.
Beijo.
Momentos de silêncio, pelo menos para mim, são essenciais.
ResponderEliminarBeijo
Há silêncios e silêncios, né Pedro?!
EliminarBeijo.
ResponderEliminarQuerida Teresa
Ui! Esse gelo aí da imagem quase me gela a Alma!
Gosto dessas terças-feiras em que nos trazes citações, pensamentos que nos fazem reflectir sobre as coisas da vida. O gelo que se instala nos elevadores e nos carros sempre me impressionou. E é mesmo, depois de momentos de grande folguedo há essa reacção, depois, com os que nos são mais chegados. Será dos espaços confinados? Ou porque com esses já não é preciso fingir? O ser humano é uma caixinha de surpresas e de uma complexidade imensa.
As palavras que nos trazes acordam-nos para uma situação que, à primeira vista, não parece relevante dada a sua frequência. Mas, fiquemos atentos e procuremos melhorar a nossa maneira de ser com os outros, em casa e em sociedade.
Beijinhos
Olinda
Querida Olinda, às terças-feiras tento publicar apenas frases de livros que vou lendo. As fotos procuro na net.
EliminarAcredito que muitos casais conheçam bem a situação retratada - a felicidade fingida exibida em público, a desarmonia "gelada" em privado. Lamentavelmente!
Beijo.
Querida Teresa, como diz a nossa amiga Graça, este pequeno texto é " muito inquietante ", mas é a triste realidade. Principalmente nos relacionamentos longos, no convivio de pais e filhos já adultos, esse gelo instala-se, como se o assunto entre eles tivesse terminado. Quando estamos numa reunião de amigos, em casa ou fora, conversa-se de banalidades, conta-se piadas, fala -se de futebol e assim se passam momentos agradáveis com muita gargalhada à mistura. Nada contra isto que até nos faz muito bem. Basta entrarmos no carro , ou então as visitas irem para casa que o silêncio se instala.Nem sempre isso significa que a vida a dois vai mal, mas não deixa de ser triste esse " gelo " entre os dois; de banalidades já não se fala, sobre os filho e netos fala-se, mas logo logo esse assunto termina e os dois se calam; perdeu-se o hábito de perguntar um ao outro como foi o dia, já não achamos necessário dizer que o amamos e não temos coragem de lhe dizer que precisamos de atenção, que sentimos falta de afectos. As refeições são feitas em silêncio , com a televisão ligada e o tablet ou smartfone na mão. Quando temos filhos em casa, adolescentes e adultos o gelo também é frequente, pois não há a preocupações de procurarmos " entrar no silencio deles " , começando por abrir o nosso coração a eles; fechamo-nos, eles também se fecham e o gelo toma conta da casa. Costumo dizer que, depois que os filhos crescem e ganham asas, o assunto acaba e muitas vezes até sentimos saudades daquelas discussões provocadas pelo azáfama da educação dos filhos. Havia barulho, havia desarrumação, havia discussão, enfim...havia vida; depois...tudo em perfeita ordem e muito silêncio, uma quietude incómoda. E quando o nosso companheiro ou companheira é uma pessoa calada? Piora a situação! Amiga querida, podemos reflectir muito neste teu post, mas não sei se o gelo derreterå; para isso é preciso que os dois queiram e se esforcem para que o diálogo volte entre seres que têm partilhado uma vida nem sempre fácil. Beijinhos, Teresa e aquele abraço caloroso de sempre.
ResponderEliminarEmilia
Sempre assertiva, sempre certeira, querida amiga, sempre!
EliminarAbraço bem apertadinho!
Querida Teresa, muitos relacionamentos não só de casais, mas familiares e sociais são assim, (alargando um pouco a situação), é um esbanjar de felicidade eterna! Conheço esse tipo de gente, nelas não há infelicidade e nem tristeza, é um fingimento constante. Isso não é a vida verdadeira, é uma representação constante, como se a suposta felicidade nos colocasse num estágio superior. No fundo penso que tais pessoas necessitam a admiração dos outros, pois quem está feliz, está ‘certinha’, sem problemas. Ora, sabemos que o ser humano é um turbilhão de emoções, num dia é pura felicidade, no outro se esfacela de amargura. Quanto aos casais, torna-se o próprio inferno, pela intimidade que compartilham. Existe aos montes. Essa, é a maior tristeza, no ‘elevador’ (que significa a verdade) a vida volta ao normal. O que vale é ostentar a felicidade, mesmo que falsa.
ResponderEliminarUm tema ótimo para refletir e comentar.
Beijo, querida.
Silêncio doloroso, felicidade falsa, amarga caminhada a dois. Como dizes, o próprio inferno.
EliminarBeijo, querida amiga.
O gelo queima
ResponderEliminarbj
Diz o poeta, e eu acredito que sim!
EliminarBeijos.
Querida Teresa, fingir que é feliz leva para onde? Para uma vida desesperada, desencantada? Será o resultado da vaidade, ter vergonha de admitir que seus sonhos fracassaram? Ou que já não ama mais o/a parceiro/a? Sei lá, só sei que é preciso ser muito infeliz para fingir felicidade.
ResponderEliminarGosto muito do silêncio, de momentos de silêncio, mas amo ouvir e falar com que convivo, afinal a comunicação também é felicidade.
Beijinhos, Léah
Vaidade, fracasso, vergonha. Talvez! Mas a vida é tão curta...
EliminarQuerida Léah, eu gosto de momentos de silêncio que posso quebrar com sonoras gargalhadas. A vida é demasiado curta!
Beijo.
Bom dia para a senhora, pensamento em momento de silencio que faz pensar nas varias situações que é possível interpretar.
ResponderEliminarAG
Há silêncios ensurdecedores difíceis de interpretar.
EliminarBeijo, amigo António.
O que mais me preocupa é o tempo que faz
ResponderEliminare se repete
Dê tempo ao tempo...
EliminarBeijo.