“Não foi só agora que ficámos a saber…
... que o partido que em cada momento controla o Estado encomenda a empresas amigas obras vistosas e inúteis que não pode pagar para conseguir simultaneamente a) mostrar obra de pedra e cal aos papalvos que votam neles, b) meter uns dinheiros no bolso das empresas amigas, tudo bons rapazes, c) garantir o financiamento do partido, porque uma mão lava a outra, e d) assegurar os futuros empregos dos dirigentes partidários, porque as duas mãos lavam a cara.
… que os governos têm como preocupação central ser reeleitos e não hesitam em hipotecar o nosso futuro, desperdiçando recursos escassos, comprando caro e mal…
… que, nas negociações e renegociações das PPP, as empresas e os bancos privados sempre conseguiram fazer vingar as suas posições e interesses e do lado do Estado sempre houve dificuldade em fazer vingar argumentos que defendessem a coisa pública…”.
Excerto da crónica "As PPP ou o reino da desvergonha" de José Vitor Malheiros, publicada no jornal Público de 5 de Junho2012.
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