Quem sou eu? Que devo fazer com a minha vida? Qual o sentido da existência? Desde tempos imemoráveis que os seres humanos fazem estas perguntas… Perante tudo o que sabemos e não sabemos sobre a ciência, sobre Deus, sobre a política e sobre religião, qual a melhor resposta que podemos dar hoje?
Depois de examinar o passado da espécie humana em “Sapiens” e explorado o futuro em “Homo Deus” (ainda não li), no seu novo livro Yuval Noah Harari centra-se no presente e no futuro imediato das sociedades humanas: O que está a acontecer neste preciso momento? Quais os maiores desafios e as maiores escolhas da atualidade? A que devemos prestar atenção? O que devemos ensinar aos nossos filhos?
O livro está dividido em cinco grandes partes: O Desafio Tecnológico; O Desafio Político; Desespero e Esperança; Verdade; Resiliência; subdivididas em vinte e um capítulos/"lições", cujo intuito é estimular a reflexão e ajudar os leitores a participarem nos grandes diálogos do nosso tempo.
As perguntas são numerosas, as respostas nem sempre simples:
"O que significa a ascenção de Donald Trump? O que podemos fazer quanto à epidemia das fake news?Porque está a democracia liberal em crise? Caminhamos para uma nova guerra mundial? Que civilização domina o mundo – a ocidental, a chinesa, o Islão? Deve a Europa manter as portas abertas aos imigrantes? Conseguirá o nacionalismo resolver o problema da desigualdade e das alterações climatéricas? Que devemos fazer quanto ao terrorismo?"
Nas próximas décadas, o mundo irá tornar-se ainda mais complexo do que é hoje. Os seres humanos individuais – sejam peões ou reis – saberão ainda menos sobre gadgets tecnológicos, as correntes económicas e as dinâmicas politicas que moldam o mundo. Como Sócrates observou há mais de dois mil anos, o melhor que podemos fazer nessa situação é reconhecer a nossa própria ignorância individual.
“Os seres humanos têm dois tipos de capacidades – físicas e cognitivas. No passado, as máquinas competiam com as pessoas sobretudo nas aptidões físicas simples, ao passo que os humanos mantinham uma enorme vantagem sobre as máquinas no respeitante à cognição. Quando os empregos manuais na agricultura e na indústria foram automatizados, surgiram novos empregos nos serviços que requeriam o tipo de capacidades cognitivas que só os seres humanos possuíam: aprendizagem, análise, comunicação e, acima de tudo, entendimento das emoções humanas. Contudo, a inteligência artificial começa agora, progressivamente, a ter um melhor desempenho do que os seres humanos no que respeita a esta aptidões, incluindo a compreensão das emoções humanas. Não se conhece uma terceira área de atividade – além das áreas física e cognitiva – em que os seres humanos mantenham para sempre uma vantagem firme.”
Num mundo pejado de informação irrelevante, a lucidez dá-nos poder.
“… os terroristas são como uma mosca que tenta destruir uma loja de peças de porcelana. A mosca é tão fraca que não consegue, sequer, deslocar uma chávena de chá. Então, como é que a mosca destrói a loja inteira?Encontra um touro, entra-lhe no ouvido e começa a zumbir. O touro fica louco de medo e raiva, destruindo a loja por completo. Foi isto que aconteceu depois do 11 de Setembro, quando os fundamentalistas islâmicos incitaram o touro americano a destruir a loja de peças de porcelana do Médio Oriente. Agora, eles medram nos destroços. E não faltam touros temperamentais no mundo.”
Seremos nós ainda capazes de compreender o mundo que criámos?
Este livro é para ler devagar. Eu optei por ler uma lição, reler os sublinhados e só depois, com calma, avançar para a lição seguinte.
Os temas abordados são complexos mas o mérito do historiador para «descomplicar o complicado», aliado à sua prosa clara e acessível, torna a leitura interessante e cativante para todos os leitores.
Leia sem stress pois no final das "21 Lições" não há prova de avaliação!
Mas... se ficou com a sensação incómoda de que isto é demais para si e não consegue assimilar tudo, tem toda a razão. Ninguém consegue.
Recomendo, claro!
21 Lições para o Século XXI, de Yuval Noah Harari
Tradução de Rita Canas Mendes
Ed. Elsinore, 2018
391 págs.
Depois de examinar o passado da espécie humana em “Sapiens” e explorado o futuro em “Homo Deus” (ainda não li), no seu novo livro Yuval Noah Harari centra-se no presente e no futuro imediato das sociedades humanas: O que está a acontecer neste preciso momento? Quais os maiores desafios e as maiores escolhas da atualidade? A que devemos prestar atenção? O que devemos ensinar aos nossos filhos?
O livro está dividido em cinco grandes partes: O Desafio Tecnológico; O Desafio Político; Desespero e Esperança; Verdade; Resiliência; subdivididas em vinte e um capítulos/"lições", cujo intuito é estimular a reflexão e ajudar os leitores a participarem nos grandes diálogos do nosso tempo.
As perguntas são numerosas, as respostas nem sempre simples:
"O que significa a ascenção de Donald Trump? O que podemos fazer quanto à epidemia das fake news?Porque está a democracia liberal em crise? Caminhamos para uma nova guerra mundial? Que civilização domina o mundo – a ocidental, a chinesa, o Islão? Deve a Europa manter as portas abertas aos imigrantes? Conseguirá o nacionalismo resolver o problema da desigualdade e das alterações climatéricas? Que devemos fazer quanto ao terrorismo?"
Nas próximas décadas, o mundo irá tornar-se ainda mais complexo do que é hoje. Os seres humanos individuais – sejam peões ou reis – saberão ainda menos sobre gadgets tecnológicos, as correntes económicas e as dinâmicas politicas que moldam o mundo. Como Sócrates observou há mais de dois mil anos, o melhor que podemos fazer nessa situação é reconhecer a nossa própria ignorância individual.
“Os seres humanos têm dois tipos de capacidades – físicas e cognitivas. No passado, as máquinas competiam com as pessoas sobretudo nas aptidões físicas simples, ao passo que os humanos mantinham uma enorme vantagem sobre as máquinas no respeitante à cognição. Quando os empregos manuais na agricultura e na indústria foram automatizados, surgiram novos empregos nos serviços que requeriam o tipo de capacidades cognitivas que só os seres humanos possuíam: aprendizagem, análise, comunicação e, acima de tudo, entendimento das emoções humanas. Contudo, a inteligência artificial começa agora, progressivamente, a ter um melhor desempenho do que os seres humanos no que respeita a esta aptidões, incluindo a compreensão das emoções humanas. Não se conhece uma terceira área de atividade – além das áreas física e cognitiva – em que os seres humanos mantenham para sempre uma vantagem firme.”
Num mundo pejado de informação irrelevante, a lucidez dá-nos poder.
“… os terroristas são como uma mosca que tenta destruir uma loja de peças de porcelana. A mosca é tão fraca que não consegue, sequer, deslocar uma chávena de chá. Então, como é que a mosca destrói a loja inteira?Encontra um touro, entra-lhe no ouvido e começa a zumbir. O touro fica louco de medo e raiva, destruindo a loja por completo. Foi isto que aconteceu depois do 11 de Setembro, quando os fundamentalistas islâmicos incitaram o touro americano a destruir a loja de peças de porcelana do Médio Oriente. Agora, eles medram nos destroços. E não faltam touros temperamentais no mundo.”
Seremos nós ainda capazes de compreender o mundo que criámos?
Este livro é para ler devagar. Eu optei por ler uma lição, reler os sublinhados e só depois, com calma, avançar para a lição seguinte.
Os temas abordados são complexos mas o mérito do historiador para «descomplicar o complicado», aliado à sua prosa clara e acessível, torna a leitura interessante e cativante para todos os leitores.
Leia sem stress pois no final das "21 Lições" não há prova de avaliação!
Mas... se ficou com a sensação incómoda de que isto é demais para si e não consegue assimilar tudo, tem toda a razão. Ninguém consegue.
Recomendo, claro!
21 Lições para o Século XXI, de Yuval Noah Harari
Tradução de Rita Canas Mendes
Ed. Elsinore, 2018
391 págs.
Já ouvi falar deste livro de Yuval Noah Harari. Não deve ser fácil de ler. Devemos levar murros no estômago ao lê-lo… Fiquei com este pensamento: "Num mundo pejado de informação irrelevante, a lucidez dá-nos poder". Espero que sim, Teresa. Afinal é a lucidez que nos deixa com os pés presos ao chão sem embarcarmos em coisas sem sentido…
ResponderEliminarObrigada pela tua informação sobre o livro. Um bom dia da Mulher para ti.
Um beijo.
Parece fascinante.
ResponderEliminarAbraço e bom fim-de-semana
Parece ser um livro muito interessante.
ResponderEliminarObrigado pela sugestão.
Teresa, um bom fim de semana.
Beijo.
Um livro de força. São tantos e tão complexos os problemas da actualidade que bem precisamos de algumas lições para tentar a melhor maneira de lidar com eles.
ResponderEliminarMuito obrigada, querida Teresa, pela sugestão de leitura. Confesso que não conhecia o livro.
Continuação de um feliz dia da Mulher. Esperemos que este dia tenha servido, ao menos, para se assinalar alguns dos males que ainda assolam a sociedade.
Beijinhos
Olinda
Que tengas un buen fin de semana
ResponderEliminarJá ouvi falar a algumas pessoas. Não sei se quero lê-lo. Mas talvez devesse porque explica de certeza muita coisa que não sei.
ResponderEliminarAmiga Bea, sugiro que leias primeiro «Sapiens». É extraordinário!
Eliminar«Homo Deus» ainda nem comprei, mas sim, vou ler.
Beijo, bom fim-de-semana, faz o favor de ficar bem.
Querida amiga, vou ver se encontro este livro e ler, obrigada pela sugestão.
ResponderEliminarÉ difícil manter a lucidez, neste mundo tão conturbado e insatisfatório como é hoje. vivo entre assertivas e erros, achando já estar louca.
beijinhos, boa semana.
Léah
Calma, querida Léah!
EliminarEste seu comentário me lembrou uma frase soberba de Adélia Prado:«Estou no começo do meu desespero, e só vejo dois caminhos: ou viro doida, ou santa.»
Leia este livro sim, mas... sugiro que comece por ler "Sapiens", o primeiro de Noah Harari.
Beijo, amiga, boa semana.
QUERIDA TERESA,
ResponderEliminarTenho aqui o , após ter visto uma entrevista com Harari, feita por um jornalista brasileiro que foi à Israel entrevistá-lo. E comprei o livro logo, já faz um tempinho, sou apaixonada por livros que tratam da História da humanidade.
Esse que mostras, e que aborda os temas como O Desafio Tecnológico; O Desafio Político; Desespero e Esperança; Verdade; Resiliência deve ser muito bom, ele tem uma escrita magnífica, vai direto às questões. Poxa, acho que vou ter de comprar, amiga, rsss, não vou me segurar!
Compra sim o 'Sapiens', vais adorar.
bjus, querida!
Falamos...
Querida Tais, já li "Sapiens" e publiquei no Rol. Amei!!!
Eliminar"Homo Deus" é que ainda não li, nem sequer comprei. Mas vou ler.
Tens razão, a escrita de Harari é simples e super acessível. Que ninguém se assuste com o arrevesado dos temas abordados, ele descomplica-os.
Beijo amiguinha, boa semana.
Lá em cima não escrevi o nome do livro: sim, é o "Sapiens"! Maravilha.
Eliminarbeijinho!
Mais uma sugestão que registo com todo o agrado.
ResponderEliminarBjs, boa semana
«Seremos nós ainda capazes de compreender o mundo que criámos?»
ResponderEliminarE eu pergunto de outra forma: irá a humanidade a tempo de emendar os erros e salvar o mundo da destruição?
Um beijinho apreensivo
(^^)