“O optimismo e o pessimismo, à primeira vista, parecem duas qualidades equivalentes, com vantagens e desvantagens de sinal oposto:
O pessimista
- é excessivamente prudente...
- tem uma visão negativa do futuro e uma visão negativa dos homens. Quando os observa descobre em todos as piores qualidades, as motivações mais egoístas, menos desinteressadas…
- para ele a sociedade é formada por pessoas avarentas, corruptas, intimamente perversas, sempre dispostas a explorar as situações em proveito próprio…
- é um avarento. Para quê ser generoso, se o mundo está cheio de gananciosos, corruptos, exploradores?
- muitas vezes é, também, um invejoso…
- está encerrado em si mesmo e não ouve os outros, sente-os como entidades ameaçadoras…
- vê tudo negro. Seja qual for o tema de que se fale, o projecto que se faça, ele descobre logo os aspectos negativos. Paralisa e paralisa-nos. Não tem confiança e tira-nos a confiança.
O optimista
- é mais virado para a acção, é mais activo…
- confia nos homens, corre riscos. No entanto, se o observarem atentamente, verão que ele vê realmente as maldades e as fraquezas dos outros. O que acontece é que ele não se detém perante estes obstáculos. Conta com o facto de em todos os seres humanos haver qualidades positivas e procura despertá-las.
- está atento às pessoas. Deixa-as falar, dedica-lhe o seu tempo, observa-as. Desta forma consegue identificar em cada uma o aspecto positivo, a qualidade que pode exaltar, fazer frutificar.
- supera as dificuldades… porque está aberto às novas soluções e pode rapidamente transformar uma desvantagem em vantagem.
- comparado com o pessimista, parece um ingénuo.
Em suma, o ideal parece ser uma mistura sensata de ambos.”
Concordo!
Tirei daqui: “O Optimismo”, de Francesco Alberoni, Ed. Bertrand, 1995
(foto da net)
Somos todos essa mistura. Sensata ou insensata. Mas já somos a mistura. Não existem optimistas e nem pessimistas puros.
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