«Um livro?». perguntei-lhe.
«Um livro. As memórias de um jornalista, o relato de um ano de trabalho para preparar um diário que nunca sairá. Por outro lado, o título do jornal deveria ser Amanhã, parece um lema para os nossos governos, falaremos disso amanhã. Portanto, o título do livro deverá ser Amanhã:Ontem. Bonito, não é?»
«E quer que seja eu a escrevê-lo? Porque não o escreve você? É jornalista, não é? Pelo menos, visto que está em vias de dirigir um jornal...»
«Ser director não quer dizer saber escrever. Ser ministro da Defesa não quer dizer saber atirar uma granada. Naturalmente que, durante todo o ano que vem, discutiremos o livro dia após dia - terá de lhe pôr o estilo, a pimenta, mas as grandes linhas controlo-as eu.»
Em "Número zero", ed. Gradiva, 2015
Estou decidida a ler, ou reler, todos os romances (e os "Diários Mínimos") de Umberto Eco, até ao final de 2016.
Vou cumprir!
UMBERTO ECO (5 de Janeiro, 1932 / 19 de Fevereiro, 2016), filósofo, medievalista e semiólogo italiano, estreou-se na narrativa com o "Nome da Rosa" em 1980, a que se seguiram "O Pêndulo de Foucault", "A Ilha do Dia Antes", "Baudolino", "A Misteriosa Chama da Rainha Loana", "O Cemitério de Praga" e "Número Zero", em 2015.
Estou decidida a ler, ou reler, todos os romances (e os "Diários Mínimos") de Umberto Eco, até ao final de 2016.
Vou cumprir!
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