“A cozinha era o coração de Allersmead. Claro. Tal como em qualquer casa de família harmoniosa, e Allersmead era um santuário de família.”
Seria?
“A casa ouve tudo. A casa sabe. Sabe tudo o que foi dito, tudo o que foi feito.”
Sabia?
Na casa habitavam Paul,o pai, escritor que passava os dias no escritório e não gostava de ser perturbado; Alison, a mãe, dona de casa dedicada, a fada do lar; os filhos Gina, Sandra, Paul, Katie, Roger, Clare e Ingrid, a criada enigmática.
Com o regresso dos filhos adultos a Allersmead, as vivências de três décadas são reveladas, examinadas, admitidas, como sempre à volta da mesa da cozinha.
Mas do segredo devastador, que todos conheciam, ninguém falava. Ninguém desejava discuti-lo.
Até a casa mantinha silêncio, guardando o que foi feito, dito e pensado.
É o olhar frio e avaliador de Gina, depois do seu afastamento de Allersmead, que revela, sem mostrar demasiado, a vida da família, desde os anos 70.
Mas são os seis irmãos, que falam dos seus relacionamentos, dos seus interesses profissionais, políticos e sociais, do estado da nação, sempre intercalando com episódios da infância e adolescência.
Penelope Lively foi nomeada três vezes para o Booker Prize. Em 1987 recebeu o prémio com o muito aclamado "Anel de Areia".
Álbum de família, de Penelope Lively
Civilização, 2010
Tradução de Marlene Campos
247 págs.
09 fevereiro, 2011
"Álbum de família" - Penelope Lively
A leitura desta saga familiar, de Penelope Lively, recordou-me dois livros fabulosos, que li há já vários anos: "Sangue do meu sangue", de Michael Cunningham e "Retratos de família", de Kate Atkinson. Falarei deles de seguida.
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Bom dia Teresa,
ResponderEliminarEntão, deu como bem empregue o tempo que passou a ler o livro?
Olá Tiago,
ResponderEliminarClaro que sim. Obrigada.
Gosto de sagas familiares...