Há muitos anos, tantos que não recordo quantos, li, gostei e guardei estes conselhos para uma vida saudável, do japonês Michio Kushi (1926-2014), à data líder da comunidade macrobiótica internacional:
"Dar um passeio ao ar livre; deitar-se antes da meia-noite; beber água fresca.
E cantar uma canção. Todos os dias. Em voz alta!"
Sigo-os?
Hum, ando a passo apressado no paredão (dia sim, dia não, não, não, dia sim...); deito-me pouco depois da meia-noite (demoro a adormecer); bebo água fresca que baste; mas cantar...não canto não!
Não canto porque não sei, mas oiço música todos os dias. Alto! Neste exacto momento estou a ouvir Melhor de mim, cantada por Mariza. Muito alto!
Obviamente, eu tento manter-me fisicamente saudável, com uma dieta equilibrada em todos os nutrientes essenciais; tento fazer uma hora de exercício físico pelo menos 3 vezes por semana (já passei a idade das 5 vezes por semana, que fiz, acreditem!); tento dormir bem.
Eu tento, mas mesmo tentando tanto, a minha barriga está longe de estar lisa; as articulações chiam; o cabelo perdeu o brilho; os olhos perderam tamanho; a pele começa a encarquilhar; as unhas partem; as insónias não param de me atormentar; e por aí fora... Um drama!
Tenho em casa dois objectos medonhos: o espelho e a balança. Para o espelho deixei de olhar. A balança tolero-a (mas odeio-a)! Sabem que ela se ri de mim? É, mas eu vingo-me atirando-me cada vez mais pesada para cima dela. E quando olho para baixo, e vejo o que não gosto de ver, o meu riso enraivecido abafa o da malvada. Uma vez por semana olho-a de cima para baixo e nem 500, nem 400, nem 300, nem 200, nem sequer 100 g de peso perdido ela me mostra. Já 100 g de peso a mais (basta eu comer um simples pastel de nata) ela mostra-o descaradamente. Claro que na semana seguinte privo-me de guloseimas e lá perco os 100 g.
Esta luta dura há vários anos! Sorte, sorte minha, é que estou aprendendo a aceitar este meu EU! Mas não é fácil, acreditem!
Análises e exames médicos dizem que está tudo bem. E isso devia bastar-me, mas não, quero caber em roupa de há dez anos, actualíssima agora, pois então! Nem os pés me cabem nos sapatos do ano anterior pois incharam e cresceram, engordaram, eu sei lá!
Que vida esta! Por mais que caminhe, salte, pedale, me baixe e levante; por mais frutas e verduras e cereais e frutos vermelhos que eu coma, o peso não diminui uma graminha. Então, frustrada, desanimada e cansada, derramo-me no sofá e ataco pastéis de nata!
Manter-me mentalmente saudável é mais fácil: RIR é o meu melhor remédio. Rir de tudo, de todos, mas principalmente de mim! E eu riu, riu, riu. (E choro, também!)
Eu tento, mas mesmo tentando tanto, a minha barriga está longe de estar lisa; as articulações chiam; o cabelo perdeu o brilho; os olhos perderam tamanho; a pele começa a encarquilhar; as unhas partem; as insónias não param de me atormentar; e por aí fora... Um drama!
Tenho em casa dois objectos medonhos: o espelho e a balança. Para o espelho deixei de olhar. A balança tolero-a (mas odeio-a)! Sabem que ela se ri de mim? É, mas eu vingo-me atirando-me cada vez mais pesada para cima dela. E quando olho para baixo, e vejo o que não gosto de ver, o meu riso enraivecido abafa o da malvada. Uma vez por semana olho-a de cima para baixo e nem 500, nem 400, nem 300, nem 200, nem sequer 100 g de peso perdido ela me mostra. Já 100 g de peso a mais (basta eu comer um simples pastel de nata) ela mostra-o descaradamente. Claro que na semana seguinte privo-me de guloseimas e lá perco os 100 g.
Esta luta dura há vários anos! Sorte, sorte minha, é que estou aprendendo a aceitar este meu EU! Mas não é fácil, acreditem!
Análises e exames médicos dizem que está tudo bem. E isso devia bastar-me, mas não, quero caber em roupa de há dez anos, actualíssima agora, pois então! Nem os pés me cabem nos sapatos do ano anterior pois incharam e cresceram, engordaram, eu sei lá!
Que vida esta! Por mais que caminhe, salte, pedale, me baixe e levante; por mais frutas e verduras e cereais e frutos vermelhos que eu coma, o peso não diminui uma graminha. Então, frustrada, desanimada e cansada, derramo-me no sofá e ataco pastéis de nata!
Manter-me mentalmente saudável é mais fácil: RIR é o meu melhor remédio. Rir de tudo, de todos, mas principalmente de mim! E eu riu, riu, riu. (E choro, também!)
Charlie Chaplin dizia «um dia sem rir é um dia desperdiçado". Eu, estupidamente desperdiço alguns. E você?
Agora eu ri, oh, se ri!!!
Ria também!
(Já agora, conselhos para uma vida saudável eu aceito todos. E pastéis de nata, também!)
(Fotos da net.)
Bom dia de muitos risos, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarMeu Deus, que descricao mais do que perfeita para a idade Santa que vivemos. Sim, santa porque, em meio a todo desespero da sua linda e muito bem escrita crónica) tendenciou para o bem humorada, denotando assim que esta de bem com a vida...
Que maravilha e poder comer os pastéis de nata sem culpa, sem medo de ser feliz!
😍😍
Poder ouvir música (eu canto muito sozinha e alto) fazendo um karaokê comigo mesma...desafinando ou num ritmo bom...
Agua fresca serve de remédio para mim em toda circunstância. Muito gostosa e saudável. Minha garrafinha sempre repondo estou. Ja até tomei hoje um copo bem fresca.
Enfim, adorei passar por aqui depois de ter recebido seu carinho lindo por la e me encher de gratidao por toda crónica sua...
Sua presença ppr perto faz bem a todo ser humano. E leve e delicada conosco.
Valeu, amiga!
Ainda iremos comer pastéis de Belém ou de nata ai e, depois, nos pesarmos do jeito que nos ensinou, querida. Gostei muito de aprender, rs...
Tenha dias saudáveis de contentamento!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Também não canto.
ResponderEliminarMas não há dia que não ria...
Teresa, tem um bom fim de semana.
Abraço.
Esta é preocupação de quase todas as mulheres à medida que o seu metabolismo fica cada vez mais lento. Muito irritante! :)
ResponderEliminarNão está só!
Bom dia: Tudo o que for exercício físico é maravilhoso para a saúde.
ResponderEliminar.
Votos de um dia feliz
Querida Teresa, não ri deste teu texto, porque as dores na mão ainda são muitas, mas, se me permites, vou-te dar um conselho importante que me foi dado por um endocinologista quando eu tinha 24 anos e precisava emagrecer. A balança só deve ser usada por exemplo de 3 em 3 meses ou ainda espacos maiores, pois o corpo das mulheres nunca pesa o mesmo e não quer dizer que se tenha engordado; nunca vou à balança, amiga e sei quando engordo ou não; andar com o peso na cabeça constantemente, faz-nos engordar uns quilitos; esquecer, é o melhor remédio para não engordar. O médico uma vez dissa à minha cunhada que, se a mulher não se convencesse que na menopausa ficaria gordinha, ficaria maluca de tanta preocupação. Quanto à água, infelizmente, amiga, sou avessa a ela e, beber de manhã um copo, e um sacrificio; sou preguiçosa para exercícios e há uns anos comprei um equipamento para caminhar nos muitos parques que temos aqui em
ResponderEliminarFamalicão, resultado....o equipamento já está velho e as caminhadas ficam só na intenção. As refeições cá em casa são muito saudáveis, embora eu prefira as menos saudáveis, claro. Mesmo assim, como vês, ainda tenho crises de visicula que acontecem quando eu como fora bastantes vezes ou, como tem acontecido ultimamente, o meu marido traz a comida do restaurante; os diferentes temperos não são nada benéficos para quem tem uma visicula preguiçosa. Rir, Teresa, faz bem, mas também não rio muito e música só ouço no carro; em casa, gosto do silêncio, nem música, nem televisão. Aprendi, Teresa, que o melhor remédio para não engordar é não pensar no assunto e fazer uma alimentação equilibrads. A nossa mente tem um poder imenso e é capaz de nos engordar ou emagrecer, independentemente do prato de comida que temos à nossa frente. Otra coisa, só se emagrece fechando a boca e, portanto, comer pouco é o principal. Um abraço, querida, AMIGA e esquece a balança, certo?
Emília
rsss, uma crônica da minha amiga!! E que ótima de ler, rindo e concordando...é assim mesmo que acontece com todas nós. Quando "gurias", ainda, lá pelos nossos 30, 40 aninhos, torna-se fácil emagrecer, os exercícios são feitos com uma disposição infinita, o metabolismo é outro, eu não comia doces, não gostava... Mas depois é isso, amiga, ralamos e não adianta. Esquecer da balança e verificar se engordamos pelas roupas é uma boa medida! Água tomo bastante, mas ando meio preguiçosa para os exercícios, não gosto de exercícios, gostava era de esporte. Mas amiga, o melhor é fechar a boca, sim, porque comer tudo e não fazer exercícios, não emagrecemos de jeito nenhum. Estou investindo mais é em passar fome. Cantar não canto, posso ter um enfarto me ouvindo...mas escuto muita música. E tenho facilidade para rir muito. Mas isso traze felicidade, não emagrece! Amiga, sabe o que é melhor? Aceitar que engordamos um pouco e não passar dos quilos atuais, mas emagrecer... eu só como salada, verdura e carne ou peixe. Dei adeus às massas, ao arroz, ao pão... mas fiquei com a sobremesa e os salgadinhos - sei que não presta, mas...Vou tentando, tentando...pra não ficar com culpa!
ResponderEliminarBjs, parabéns pela simpática, engraçada e gostosa crônica.
Adoro passear ao ar livre!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Eu também sou cheio de regras,
ResponderEliminarmas graças a Deus tive a sabedoria
de não as seguir (risos). vivo bem,
como bem e durmo mal, para contrabalançar.
Adorei a leitura. Beijos Teresa. Beijos.
Oi querida Teresa, bom buscar esta sintonia com o corpo e dar a ele o melhor, mas nunca o escravizar por algum tipo de ditadura do corpo, que pensa no corpo e deixa a mente a engordar de nada.
ResponderEliminarPastel de Belém é uma provocação amiga.
Muito boa dica.
Um bom domingo de feliz semana amiga.
Beijo
Nunca tive o hábito de me pesar. Digamos que a roupa me vai dizendo do peso. Depois, ponho de lado o que não me serve e vou comprando nova e onde caiba. É verdade que guardo sem esperança dois vestidos, mas, bem sei que, mentalmente, já lhes disse adeus.
ResponderEliminarCom a idade dormimos menos e de forma mais entrecortada. Tudo nos incomoda o pouco sono. Mas vamos dormindo e, por vezes, ainda nos acontece uma noite de quatro ou cinco horas de sono de um fôlego, avaria e gosto inestimáveis. Já concluí muitas, n vezes, que devia cantar em voz alta como tanto fazia antigamente. Começo a entender minha mãe que entre os vinte e os trinta foi silenciando até se restringir aos cânticos na igreja (quanto a vida a terá desiludido).
Bom Domingo, Teresa
Cantar?
ResponderEliminarIsso não faço.
Para não dar cabo da saúde dos outros :))
Bjs, boa semana
Bom dia minha querida Tereza! aprendendo comentar nos blogs pelo celular , cheguei aqui e como está valendo a pena minha amiga.Sua crônica divertida tem grandes verdades.Está de bem com a vida é o melhor exercívio para o corpo e a alma.Parabéns! Amei! Tenha uma semana abencoada.Bjuss
ResponderEliminarGostei do teu humor neste texto. Mas és linda e elegante. Não tens motivos de preocupação pois tenho a certeza que, embora não cantes (o que não te fazia mal) tens uma vida muito saudável… Boas dicas para quem te lê.
ResponderEliminarUma boa semana, Teresa.
Um beijo.
bonito texto e cantar faz mesmo mt bem bjs
ResponderEliminarA Taís disse-me, há dois dias, que esta tua crônica está excelente. Ontem ela perguntou: leste a crônica da Teresa?
ResponderEliminarHoje ela me disse: a Teresa tem nova postagem, e tu ainda não leste a crônica dela. Uma pena! Então, Teresa, hoje vim ler esta tua crônica, escrita com humor e com a facilidade de uma cronista nata. Fiz a primeira leitura e depois voltei para ver se não tinha perdido nada deste ótimo texto. E também dei boas risadas. Então Teresa, agora que nos conquistaste, na condição de cronista, esperamos por novas crônicas. Parabéns à cronista!
Uma boa semana querida amiga. Um beijo. Pedro
Meu amigo Pedro, mentiria se dissesse que foi um rasgo de inspiração, pois foi antes uma torrente de desespero (entretanto controlada...) pois a desgraçada da balança tinha acrescentado umas gramitas ao meu peso da semana anterior e eu... passei-me!
Eliminar(Sobre o espelho nada mais digo, não vá ele aprofundar a ruga que da noite para o dia me apareceu na testa. Mais uma!)
Cronista eu? Não! Prefiro ler a escrever. Ler é virar páginas e arrumar ideias. Escrever é complicado... não é de todo para mim. Eu escrevo como se falasse com uma amiga, assim, simplinho, vurgarinho, desenfeitado!
Obrigada querido amigo pelo carinho.
Beijos para ti e para a Tais, a minha dileta amiga, tu sabes!
Emenda: vulgarinho.
EliminarOlhe, NUNCA tinha lido esse conselho. NUNCA!
ResponderEliminarMas espreite os meus últimos posts (e o que vou publicar amanhã) para ver o que descobri por mim mesma.
Como digo no post de hoje: a expressão QUEM CANTA OS SEUS MALES ESPANTA é impressionantemente autêntica. Eu costumo cantar. Sai-me da garganta. Mas atenção, não sei cantar, não tenho voz para o fazer. Faço-o porque é espontaneo, dá-me vontade. Umas vezes por estar bem, outras, sem perceber... é como se fosse um comprimido que ajuda o que está mal.
A sério: leia os meus posts e comente (se quiser), porque associo outra eventualidade a esta fantástica capacidade humana para fazer música.
Cumprientos
Seja bem-vinda ao meu Rol, portuguesinha!
EliminarÉ claro que irei espreitar os seus posts. Fiquei curiosa depois do que li aqui. Me aguarde!
Abraço.