“Joker” (EUA/Canadá, 2019, 120 min.), género drama - «character study», realizado por Todd Phillips, argumento de Todd Phillips e Scott Silver, protagonizado por Joaquin Phoenix, coadjuvado por Robert de Niro, Frances Conroy, Zazie Beetz, Bill Camp, Brett Cullen, entre outros.
O palco da acção é, só podia ser, Gotham City, suja, miserável, violenta (como a Nova Iorque do início dos anos 80), e acompanha a vida de Arthur Fleck, um homem na casa dos quarenta, frágil, pobre e solitário, fracassado, fortemente medicado, que de dia como palhaço anima festas de crianças ou anda pela rua com cartazes publicitários e à noite pratica, em lugares sórdidos, a arte da stand up comedy (ideias para piadas não lhe faltam e vai anotando todas). Arthur tem como lema de vida fazer os outros felizes e um sonho: ser comediante. Sonho irrealizável pois carece de talento (não tem graça, ninguém se ri das suas piadas) e sofre de uma perturbação mental que o leva a rir descontrolada e ruidosamente em situações que o deixam nervoso (mostra às pessoas um cartão com a explicação da sua perturbação). Arthur vive com a mãe senil e dependente, de quem cuida com carinho.
E mais não revelo sobre a origem do famoso vilão... para não perder a graça!
Grande filme, com uma interpretação brutal, extraordinária, assombrosa, de Joaquin Phoenix.
Dou nota 5 agora, e darei um enorme aplauso quando Joaquin Phoenix subir ao palco para receber o Óscar de Melhor Actor 2019. Ele merece!
(Foi bom recordar o vilão nas interpretações fantásticas de Jack Nicolson e Heath Ledger. )
"Sou só eu, ou o mundo está a ficar mais louco?" pergunta Arthur à assistente social que o acompanha.
Responda quem souber!
Pelo que desvendou, é filme a não perder. Mas há tanto filme a não perder que perco. Daqui a uns tempos, quando saia de cartaz, talvez me apareça em casa:).
ResponderEliminarBom dia, Teresa
Nunca vi...quem sabe ainda vejo um dia destes!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Tencionava ver esse filme, porque gosto do Joaquin Phoenix. Entretanto, li numa crítica de um jornal alemão, que o filme tem cenas muitíssimo brutais.
ResponderEliminarO mundo foi SEMPRE louco, penso eu‼‼‼
"Cenas muitíssimo brutais"? Juro que não vi!
EliminarTeresa, se gostas do Joaquin Phoenix tens de o ver na pele do esquelético Arthur Fleck (perdeu 23 kg) e do sinistro "Joker". É brutal!
Sabes que mais, não vislumbro outro actor que o fizesse melhor que ele.
Vai ver o filme!
Beijo.
Acredito que seja um bom filme de ficção !
ResponderEliminarQuerida Teresa, não sei se alguma vez te disse que gosto muito de cinema, mas não gosto de ver filmes em casa; como o meu marido também gosta, de vez em quando fazemos esse programa, sair para ir ao cinema; não sei se esse está em cartaz, mas, se estiver, quem sabe, não o verei? Agora com a Beatriz, fica mais dificil, mas....pode ser...
ResponderEliminarQuanto à pergunta que deixas nesta frase, penso que o mundo anda louco e o povo que o habita também tem muito de loucura e as noticias do dia a dia mostram-nos isso mesmo. Quanto a este caso concreto, acho que, na situação em que o protagonista vive, tem forçosamente de ficar louco. E nós, não ficariamos? Como pode um ser humano manter a sua sanidade mental, quando lhe falta tudo? Não tem afectos...a mãe necessita de cuidados constantes...o minimo necessário para manter a sua saúde estável é-lhe negado...o seu maior sonho torna-se impossivel de ser concretizado...é agredido por delinquentes...o pai não o reconhece...a assistente social larga-o à
sua pouca sorte e depois...que tristeza...é finalmente reconhecido por se tornar vilão, pessoa sem escrúpulos, assassino. Não é de ficar louco? Ninguém o apoiou enquanto tentou viver como pessoa honesta, trabalhando da maneira que podia, tentando realizar o seu sonho, cuidando da mãe com carinho e depois de desistir de " remar contra a maré" é aplaudido porque, finalmente, se tornou naquilo que os outros loucos queriam, um ser detestável a quem não se deveria chamar de " Pessoa " . Um mundo de loucos transformou este homem em louco, um homem que só queria que o deixassem viver da maneira que podia. Há alguma loucura nisto? Claro que não! As circunstâncias da vida põem-nos tantas vezes " loucos", não é verdade?
Teresa querida, de loucos, temos todos um pouco, não é o que se costuma dizer ? Uma grande verdade!
Um forte abraço, do tamanho do mundo e carregadinho de amizade. Boa noite!
Emilia
Querida amiga, dentro desse teu «abraço do tamanho do mundo e carregadinho de amizade" eu esqueço até a loucura que é viver. Obrigada!
EliminarBeijos e abraços, dos nossos!
Só ouço e leio apreciações extraordinárias ao trabalho de Joaquin Phoenix.
ResponderEliminarTenho que ir ver.
Bjs
Não vi o filme mas acredito que seja muito bom de ver.
ResponderEliminarDeixando cumprimentos poéticos
Oi, Alegria!
ResponderEliminarOlha... vi o vídeo e achei muito interessante pelo seguinte: o fato do ator estar vestido de palhaço e fazer piadas, ter seu trabalho à noite como 'stand up', coisa muito em voga agora, etc e tal, é um drama de vida em que, embora fatos assim aconteçam cada vez mais, não nos acostumamos, 'eu' não acostumo com dramas por mais brandos que sejam. São histórias de viração, de vida, de sofrimento. É a mesma coisa de nos acostumarmos com balas perdidas porque elas existem há anos. Por tudo isso acho que esse filme deve dar seu recado de reflexão da vida, de mostra o que são nossos dias, tudo cada vez mais louco. Concordo, esse é o nosso mundo, violento, hostil e não acredito em melhoras. Vou pedir pela TV, sou o contrário da nossa Emília, gosto de sair para outras coisas, filmes me esparramo no sofá. O elenco tem artistas de primeira.
Beijo, querida Teresa!
Oi, amadinha!
EliminarVê o filme, vê. Esparramada no sofá é bom, mas fica imaginando este "Joker" no ecrã gigante duma sala de cinema. Imagina!
Eu, viciada em filmes (vício bom!), vejo mais agora derramada no sofá.
Tais, tu esparramas-te no teu sofá, eu derramo-me no meu. Coisa boa!
(Aprendi a "derramar-me" no sofá, com um dos meus escritores favoritos. Um dia destes digo-te quem é ele.)
Beijo, querida amiga.
Vivemos num mundo conturbado onde tudo é incerto e dramático. O palhaço retrata a representação da vida em que quem vê cara, "não vê que horas são" ou coração! Grande abraço! Laerte.
ResponderEliminarTenho lido muito boas referências ao filme. Daquilo que escreveste registei: "é como um vilão, cretino e assassino que ganha popularidade". Sinal dos tempos, minha Amiga, Teresa…
ResponderEliminarUm grande beijo.
Parece ser um excelente filme.
ResponderEliminarObrigado pela partilha
Beijinhos
Maria