COMO GOSTO DE TI?
Deixa contar
Os modos. Com a altura, a extensão,
E a largueza da alma, quando vão
Seus desejos o Bem a procurar.
Amo-te simplesmente, como o ar
Que respiras. Ao sol, na escuridão.
Com a audácia de um livre coração;
Co'o pudor que a lisonja faz calar.
Amo-te co'o desejo, com a ânsia
Que na dor tive; com a fé da infância;
Com esse amor que sempre cri perder,
Perdendo os meus. Amo-te sempre: andando,
Chorando, rindo, lendo, respirando...
E hei-de amar-te melhor, quando morrer.
AMA-ME POR AMOR DO AMOR SOMENTE.
AMA-ME POR AMOR DO AMOR SOMENTE.
Não digas: “Amo-a pelo seu olhar,
o seu sorriso, o modo de falar
honesto e brando. Amo-a porque se sente
minh’alma em comunhão constantemente
com a sua”. Por que pode mudar
isso tudo, em si mesmo, ao perpassar
do tempo, ou para ti unicamente.
Nem me ames pelo pranto que a bondade
de tuas mãos enxuga, pois se em mim
secar, por teu conforto, esta vontade
de chorar, teu amor pode ter fim!
Ama-me por amor do amor, e assim
me hás de querer por toda a eternidade.
ELIZABETH BARRETT BROWNING (1806-1861), poetisa inglesa da época vitoriana, é autora de "Sonetos da Portuguesa" (1850), uma colectânea de 44 poemas de amor escritos entre 1844 e 1845, período que antecedeu o seu casamento, em 1846, com o poeta e dramaturgo Robert Browning (1812-1889).
"Inicialmente Elizabeth estava muito relutante em publicar os poemas, sentindo que eles eram demasiadamente pessoais. No entanto, o seu marido insistia em que eles eram a melhor sequência de sonetos em língua Inglesa desde o tempo de Shakespeare e pressionava a mulher para a sua publicação. De modo a proteger a privacidade do casal, Elizabeth achou melhor publicá-los como traduções de sonetos estrangeiros. Por esse motivo, a colecção foi primeiramente conhecida como “Sonetos Bósnios”, até que Robert sugeriu a Elizabeth que alterasse a proveniência imaginária dos sonetos do Bósnio para o Português, pois ela , para além de ser uma grande admiradora de Camões era afectuosamente tratada por Robert Browning de "Pequena Portuguesa". (Wikipédia)
Tradução de:
1º Soneto - Manuel Correia Barros, formado em Engenharia Civil e Engenharia Electrotécnica, 10º Reitor da Universidade do Porto, escritor e tradutor português (1904-1991)
2º Soneto - Manuel Bandeira, poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro (1886-1968)
(Fotos da net.)
o seu sorriso, o modo de falar
honesto e brando. Amo-a porque se sente
minh’alma em comunhão constantemente
com a sua”. Por que pode mudar
isso tudo, em si mesmo, ao perpassar
do tempo, ou para ti unicamente.
Nem me ames pelo pranto que a bondade
de tuas mãos enxuga, pois se em mim
secar, por teu conforto, esta vontade
de chorar, teu amor pode ter fim!
Ama-me por amor do amor, e assim
me hás de querer por toda a eternidade.
ELIZABETH BARRETT BROWNING (1806-1861), poetisa inglesa da época vitoriana, é autora de "Sonetos da Portuguesa" (1850), uma colectânea de 44 poemas de amor escritos entre 1844 e 1845, período que antecedeu o seu casamento, em 1846, com o poeta e dramaturgo Robert Browning (1812-1889).
"Inicialmente Elizabeth estava muito relutante em publicar os poemas, sentindo que eles eram demasiadamente pessoais. No entanto, o seu marido insistia em que eles eram a melhor sequência de sonetos em língua Inglesa desde o tempo de Shakespeare e pressionava a mulher para a sua publicação. De modo a proteger a privacidade do casal, Elizabeth achou melhor publicá-los como traduções de sonetos estrangeiros. Por esse motivo, a colecção foi primeiramente conhecida como “Sonetos Bósnios”, até que Robert sugeriu a Elizabeth que alterasse a proveniência imaginária dos sonetos do Bósnio para o Português, pois ela , para além de ser uma grande admiradora de Camões era afectuosamente tratada por Robert Browning de "Pequena Portuguesa". (Wikipédia)
Tradução de:
1º Soneto - Manuel Correia Barros, formado em Engenharia Civil e Engenharia Electrotécnica, 10º Reitor da Universidade do Porto, escritor e tradutor português (1904-1991)
2º Soneto - Manuel Bandeira, poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro (1886-1968)
(Fotos da net.)
Sonetos lindos e bem escolhidos e ilustrados...Que seja doce o teu fds também! bjs, chica
ResponderEliminarDe chocolate não gosto, mas adoro a POESIA da "PEQUENA PORTUGUESA" 💙
ResponderEliminarMuito interessante, E muito belos os sonetos.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana
Gostei de saber o nome que o marido dava à poetisa. São muito engraçados e quase ternos os subterfúgios do pudor. Se tais poemas fossem meus também não sei se deixaria publicar.
ResponderEliminarBonitos sonetos.
ResponderEliminarBom Domingo!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Bom dia de Domingo, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarQue delicia em todos sentidos um amor que entranha na alma... Que uktrapassa toques ou sensacoes... Que se alimenta de afagos e afetos profundos... Cujo sabores sao inenarraveis...
Amar por Amor ao Amor...
Extase de perfeicao!
Lindos poemas onde meu dia e adocado com sua belezas de escolhas que revelam seu 💝.
Tenha uma nova semana abencoada, amorosa e feliz!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Poesia é algo bonito, mas difícil comentar ! Gostei de ambos e fiquei a saber algo mais sobre Elizabeth Browning. Obrigado Teresa!
ResponderEliminarUma doçura.
ResponderEliminarBeijo, boa semana
É sempre muito bom quando nos trazes poemas de autores que já conhecemos, porque dá para os apreciarmos melhor e ficar a saber algo que não sabíamos. Gosto muito de ler Elizabeth Browning.
ResponderEliminarUma boa semana, minha querida Amiga Teresa.
Um beijo.
Bom dia, querida amiga, pois não é que li e esqueci de comentar essa ternura de amor? Recatada, a poeta, por achá-los muito pessoais não quis publicá-los... Como mudam os tempos! Gostei de ler, doces e lindos. Gostei de ler esse particular de sua personalidade.
ResponderEliminarBeijinho, amiga, volto para ler a última postagem.
Boa tarde Teresa!
ResponderEliminarGostei muito desta postagem, na qual tu falas da poetisa e nos brinda com dois de seus poemas, lindos poemas, como se vê neste versos de um deles:
“Amo-te simplesmente, como o ar
Que respiras. Ao sol, na escuridão.
Com a audácia de um livre coração;
Co'o pudor que a lisonja faz calar.”
Uma boa semana querida amiga Teresa, com muita paz.
Um beijo.
Belos poemas onde o amor derrama-se em versos lindos e não findos.
ResponderEliminarMaravilhosa partilha para nós amantes da poesia Teresa.
Semana linda para você.
Beijo amiga.
Sonetos simplesmente brilhantes. Adorei ler
ResponderEliminarCumprimentos poéticos