Continuando…
De Williamsport, na Pensilvânia, seguimos para Niagara Falls (Cataratas do Niágara), na fronteira entre os E.U.A (estado de Nova Iorque) e o Canadá (província de Ontário). Em frente às cataratas ficam duas cidades com o mesmo nome Niagara Falls, uma de cada lado da fronteira, ligadas pela Rainbow Bridge (Ponte do Arco-Íris).
Ficámos alojados no lado canadiano, em Welland, pequena cidade a cerca de 26 minutos de Niágara. O lado canadiano é mais animado e tem a mais bonita vista para as cataratas.


As famosas e belas Cataratas do Niágara são formadas por 3 cataratas distintas: a americana, a canadiana e a pequenina Bridal Veil (véu de noiva). Impressionam não pela altura da queda de água, aproximadamente 52 metros (a americana tem apenas 21 metros antes de cair sobre rochas depositadas na base por uma avalancha) mas pela largura: a americana com 323 metros, a canadiana com 792.
À noite, depois do jantar em Niagara, assistimos a um espectáculo fabuloso e inesquecível: as cataratas iluminadas por luzes coloridas, com cada país a exaltar as cores da sua bandeira. (fotografei mas nada aproveitei)
Na manhã do dia seguinte, durante 20 minutos pudemos admirar de muito perto toda a beleza das Cataratas do Niágara: o barco “
Maid of the Mist” levou-nos até bem perto (demasiado, dizia eu) da queda de água canadiana. Uma experiência assustadora? Não, ruidosa, molhada (apesar da capa oferecida), incrível, inesquecível!


À tarde, despedimo-nos daquela maravilha da natureza e partimos em direcção a Toronto. No caminho fizemos uma pequena paragem na encantadora vila de
Niagara-on-the-Lake.
Foi curta a estada em
Toronto, a maior cidade e maior centro financeiro do Canadá. Chegámos à tarde, dirigimo-nos à
CN Tower (torre de comunicações com 553 metros de altura, o principal e mais lucrativo ponto turístico de Toronto) e subimos ao
Skypod (plataforma de observação envidraçado, a 447 metros de altura). O susto foi grande, mas valeu pela impressionante vista da cidade e arredores.
Mas um susto maior estava para vir...
Seguiu-se um giro de autocarro por outros pontos turísticos da cidade e instalação no hotel.
Em Toronto residem muito emigrantes portugueses. O jantar foi exactamente num restaurante português, no centro da cidade. A seguir ao jantar - hotel. A partida para
Ottawa seria cedo para percorrermos 450 kms.
(O s
usto maior foi quando o guia (português) contou o grupo no hall do hotel, e deu pela falta de um elemento. Ter-se-à perdido no trajecto que fizemos a pé do restaurante para o hotel. A esposa alarmada só se apercebeu da falta do marido, no hotel. Alguns "cavalheiros" juntaram-se ao guia e saíram à sua procura. Nada! Apareceu de madrugada... O que aconteceu? Talvez um dia eu conte. Sim, porque o guia português descobriu TUDO!)

Percorridos 262 km parámos em Kingston para almoço e visita ao arquipélago das Thousand Islands (Mil Ilhas), no rio São Lourenço, mais um atracção turística na fronteira E.U.A.- Canadá. Na verdade o arquipélago tem cerca de 2.000 ilhas de diversos tamanhos, repartidas entre os dois países.
De barco, durante 90 minutos pudemos contemplar as belíssimas ilhas canadenses, umas com casinhas simples, outras com mansões, outras ainda com verdadeiros castelos. Todas obedecem a rígidos critérios: ficar todo o ano acima do nível do mar; ter uma área superior a 0,092 m2 e plantada pelo menos uma árvore. Fabuloso!
A viagem continuou para Ottawa (Otava), a capital do Canadá, uma cidade pequena (pouco mais de um milhão de habitantes), muito bonita, com grande oferta cultural, acolhedora, localizada na margem sul do rio Ottawa, perto dos estuários do Rio Rideau e do famoso Canal Rideau. Uma cidade fácil de conhecer caminhando e foi isso que fizemos, em grupo.
Ficámos alojados em Hull, cidadezinha em frente a Ottawa, do outro lado do rio. Dormimos lá apenas uma noite. A viagem tinha de continuar e depois da manhã livre em Ottawa partimos para o Quebec, onde estivemos 4 dias. Vimos tudo? Quase!
Quebec City, ou
Ville du Quebec, é a capital da província canadiana do Quebec, a capital da cultura francesa, a mais antiga cidade do Canadá. Uma cidade encantadora, charmosa, com casario antigo bem conservado, ruas limpíssimas, arborizadas, floridas, ruas empedradas, galerias de arte, igrejas e capelas, esplanadas, restaurantes tradicionais (onde se assiste a espectáculos de folclore), etc., etc.
Recordo a visita ao
Museu do Quebec, onde se encontram importantes colecções de arte do Québec desde o Séc. XVII até aos nossos dias; a
La Citadelle, fortaleza construída no Séc. XVI para proteger o Quebec de um possível ataque norte-americano; a excursão a
St. Anne-de Beaupre, com paragem nas no parque de la
Chute-Montmorency para admirarmos a imponente queda de água; a visita a Huron Village, uma aldeia índia (para turista ver...).
Recordo, oh se recordo, o último jantar no Quebec, no restaurante “
La Cabane à Pierre", do Lago Beauport, onde se encontra o museu de “
Erable” (xarope resultante da seiva açucarada existente no cedro canadiano).
E, como muita pena minha, chegou o dia da partida. Desta vez para Montréal, com paragem na vila típica de Antan.
Montréal (Montreal, em português) está localizada em grande parte na Ilha de Montreal, é a maior cidade da província de Quebec, e a segunda mais populosa do país. Importante centro de comércio, tecnologia aeroespacial, finanças, produtos farmacêuticos, tecnologia, design (nomeada cidade do design pela UNESCO), educação, cultura, realização de eventos internacionais, turismo, jogos, cinema, etc., foi na década de 70 superada em população e força económica por Toronto. Juntamente com Washington D.C. e Nova Iorque, abriga a Organização das Nações Unidas.
De tudo o que vi na cidade destaco a belíssima Basílica Notre-Dame.
Montreal é uma das mais seguras cidades do continente americano.
Aqui dormimos duas noites e tivemos o jantar de despedida do grupo, guia e motorista. Muita e boa comida, bebida (hum!), dança, animação. Inesquecível!
Dia 12 de Setembro (dia do meu aniversário) saímos de Montreal directamente para o Aeroporto Internacional de Newark, no estado de New Jersey, E.U.A.. Chegava ao fim uma viagem fenomenal. No autocarro o grupo brindou-me com um cantar (afinado) de parabéns, mil beijos e abraços. Um "compagnon de route" ofereceu-me um postal-fotografia de um painel de azulejos pintado pelo próprio. Amei!
Viajar é sempre muito bom, mas quando se tem a sorte de o fazer com um grupo como este é maravilhoso!
(Dois anos depois, dia 11 de Setembro, as Torres Gémeas colapsaram após o embate de dois aviões de passageiros desviados por terroristas. Nesse dia o Mundo mudou.)
Mais (muitas) fotos
aqui.
(a primeira foto desta postagem e as fotos da Basílica Notre-Dame, são reproduções de postais comprados no local)