“Os olhos têm de viajar.”
Diana Veeland, francesa, ícone da moda internacional (1903-89)
Em 2004 o destino de férias foi na América Latina:
Chile (Santiago do Chile, Valparaíso e Vina del Mar);
Argentina (Buenos Aires) e
Patagónia (El Calafate - Glaciar Perito Moreno.)
O
Chile, com cerca de 757.000 km2 de superfície e 15 milhões de habitantes, ocupa uma longa e estreita faixa costeira encaixada entre a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico. Faz fronteira a norte com o Peru, a nordeste com a Bolívia, a leste com a Argentina e a Passagem de Drake, a ponta mais meridional do país. O oceano Pacífico forma toda a fronteira oeste do país, com um litoral que se estende por 6.435 quilómetros.
Do seu território faz ainda parte a Ilha de Páscoa e a Ilha Sala y Gómez, as ilhas do leste da Polinésia, que incorporou ao seu território em 1888, e a Ilha Robinson Crusoe, a mais de 600 quilómetros do continente, no Arquipélago Juan Fernández.
O clima é variado, seco no deserto o
Atacama, no norte do país, mediterrânico no centro, e alpino propenso a neve no sul, com geleiras, fiordes e lagos.
Santiago do Chile, a capital e maior cidade chilena, tem pouco mais de 5 milhões de habitantes. Foi fundada pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia, em 1541, num vale designado “vale central”.
Sempre debaixo de uma irritante chuva miudinha caminhámos pelo centro histórico, conhecemos o Palácio La Moneda (sede do governo), a Plaza das Armas, a imponente Catedral Metropolitana de Santiago, o Museu Histórico Nacional.
Fomos a
Valparaíso, a cidade portuária conhecida pelas casas coloridas nas colinas íngremes e claro, andámos de funicular.
Numa das colinas visitámos a casa-museu de Pablo Neruda, donde se avista o Pacífico. Lamentavelmente, ou talvez não, era proibido fotografar o interior da peculiar casa.
A
Argentina é o segundo maior país da América do Sul, constituída por uma federação de 23 províncias e uma cidade autónoma, Buenos Aires. É o oitavo maior país do mundo em área territorial, o maior entre as nações de língua espanhola e o quarto maior da América (depois de Canadá, Estados Unidos e Brasil).
A área continental da Argentina situa-se entre a Cordilheira dos Andes a oeste e o Oceano Atlântico, a leste. Faz fronteira com Paraguai e Bolívia ao norte, Brasil e Uruguai a nordeste e com o Chile a oeste e sul. A sua superfície total legal é de 3 745 247 km², dos quais 2 780 400 km² correspondem ao continente americano e 964 847 km² ao continente antárctico.
O seu território divide-se em três partes distintas: as planícies férteis das Pampas no norte do país, que são o centro da riqueza agrícola da Argentina, o planalto da Patagónia ao sul até à Terra do Fogo, e a escarpada cordilheira dos Andes ao longo da fronteira ocidental com o Chile, cujo ponto mais elevado é o monte Aconcágua, com 6 960 m de altura.
Buenos Aires é a capital e maior cidade da Argentina (200 km2), com cerca de 13 milhões de habitantes.
Uma cidade lindíssima localizada na costa ocidental do estuário do Rio da Prata, grande, plana, que convida a longas caminhadas. Foi o que fizemos, tranquilamente, depois de visitarmos, com um guia local, as zonas mais turísticas: a Plaza de Mayo (lugar de manifestações populares) e seus arredores, a Avenidade de Mayo; a Plaza del Congresso; a Casa do Gobierno, também chamada Casa Rosada, sede da presidência do governo (um imponente edifício do século XIX), o Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana (o templo católico mais importante da cidade).
Destaco a emocionante visita guiada, com a duração de uma hora, ao majestoso Teatro Colón, cuja acústica é considerada a melhor do mundo. Vimos TUDO, desde a grande e bela sala principal à cave, onde estão localizadas as oficinas dos cenários, adereços, vestuário, sapataria, cabeleiras, etc., etc.
Nas ruas, aqui e ali, de dia e de noite, exímios bailarinos de tango encantam os transeuntes.
Saí de lá com uma vontade enorme de aprender aquela dança sensual. Nunca o fiz!

No centro da cidade há uma enorme oferta de restaurantes, churrascarias e tascas para todos os gostos e bolsos. Comemos o tradicional assado crioulo e comprovo: a carne argentina é fabulosa!
Festejámos o meu aniversário num sítio lindo, lindo, onde jantámos e assistimos a um belíssimo espectáculo de Tango.
Asseguro: Buenos Aires é a capital do tango e da boa carne!
Sobre compras, por todo o lado se veem lojas com uma grande variedade de produtos de couro, prata, artesanato e muito mais, com TUDO a preços acessíveis. Uma tentação! Fazer compras em Buenos Aires foi (é, certamente!) bom demais.
Sobre diversão a oferta é grande: exposições, feiras (ao fim-de-semana), teatros, museus, espectáculos de tango, intensa vida nocturna.
Acontece que a viagem tinha de continuar. A Patagónia chamava-nos e lá voámos nós para El Calafate, na Patagónia.
A Patagónia é uma região situada no extremo sul do continente americano, conhecida como Região de Magalhães e que compreende o sul da Argentina e o sul do Chile.
A região mais meridional do continente é conhecida como Terra do Fogo (Tierra del Fuego). Nessa região está localizada a cidade mais austral do planeta, Ushuaia, conhecida como "a terra do fim do mundo".
El Calafate é uma pequena cidade localizada na província de Santa Cruz, Argentina, próximo da fronteira com o Chile, com aproximadamente 5.500 habitantes, um aeroporto moderno e hotéis de qualidade e enorme conforto.
O clima é frio, com média anual de sete graus, temperaturas máximas de treze graus e mínimas de dez abaixo de zero.
Ali, o frio é "frio", mas suportável. Convida aos afectos e afagos da alma.
El Calafate é a cidade mais próxima do Parque Nacional dos Glaciares, a cerca de 80 quilómetros, onde se localiza a maior geleira em extensão horizontal do mundo: Glaciar Perito Moreno, com 5 km de largura e 60 m de altura acima da superfície da água do lago.
Devido ao seu tamanho e acessibilidade, Perito Moreno é uma das principais atracções turísticas da Patagónia argentina. Um colosso!
Três dias depois de vários e agradáveis passeios (recusei caminhar sobre o glaciar e sobrevoá-lo de avioneta) e de uma emocionante visita a uma herdade onde vi pela primeira vez ovelhas a serem tosquiadas e comi o melhor dos melhores churrascos de carne, voltámos a Buenos Aires, e ao mesmo hotel, desta vez lotado de turistas brasileiros que "tinham fugido" de um fim-de-semana prolongado no Brasil.
Numa das longas caminhadas pela cidade fomos dar ao mítico Estádio do Boca Juniors (La Bombonera). Desilusão! O estádio nesse dia estava encerrado.
O Carlos ficou triste mas eu... diverti-me entrando e saindo das muitas lojas de lembrancinhas foleiras, fotografando e deixando-me fotografar no extravagante Bairro La Boca.
Esta foi mais uma viagem fantástica e inesquecível.
Gostei muito de Buenos Aires, uma cidade incrivelmente cativante.
Apesar das marcas, ainda bem visíveis em 2004 , da crise económica e política de 2001, mostrava orgulhosa toda a sua beleza e alegria.
Recomendo!
Mais fotos
aqui.
(As fotos, de pouca qualidade, são digitalizações de fotos em papel. Eram outros tempos...)