14 fevereiro, 2017

Vamos namorar?!


Bébézinho do Nininho-ninho
Oh!
Venho só quvê pâ dizê ó Bébéziho que gotei muito da catinha d’ella. Oh!
E também tive munta pena de não tá ó pé do Bébé pâ le dá jinhos.
Oh! O Nininho é pequinininho!
Hoje o Nininho não vae a Belem porque, como não sabia s’havia carros, combinei té aqui ás seis o’as.
Amanhã, a não sê qu’o Nininho não possa é que sahe d’aqui pelas cinco e meia.
Amanhã o Bébé espera pelo Nininho, sim? Em Belem, sim? Sim?
Jinhos, jinhos e mais jinhos
Fernando
(carta de Fernando Pessoa para a Senhora Dona Ophélia Queiroz)

Faça como o poeta e escreva (pelo menos hoje) uma carta de amor. É fácil!
Coloque a folha em branco à sua frente, segure na caneta, abra o coração e solte a imaginação.
Opte pela simplicidade. Frases rebuscadas nem sempre transmitem o que se pretende.
Brinque com as palavras. Carinho, amor, paixão, beijo, abraço… são pétalas de flores coloridas e perfumadas.

Fazer declarações de amor também é fácil. É só escolher as palavras e o tom de voz, e já está!
Se não sabe o que dizer, olhe o outro nos olhos e deixe que o silêncio fale por si. Cuidado, os olhos são as janelas da alma. Dizem tudo, mostram tudo.

Quando o assunto é amor, nunca esqueça: diga a verdade, diga a verdade, diga a verdade!

Vamos namorar?
Bora lá!
(Amor, escreve-me uma carta de amor…, um bilhetinho só…)

Foto da net.

7 comentários:

  1. Quem foi Fernando Pessoa a gente não sabe mas faz uma ideia. Mesmo que pálida. Mas quem foi Ophélia Queiroz, essa mulher que namorou por duas vezes, com intervalo de vinte anos, o mesmo homem, com o azar (que foi sorte nossa) dele ser muitos e alguns a detestarem no que eram correspondidos. Que, julgo, não casou, era dactilógrafa e tinha um sobrinho poeta e amigo de Pessoa. E isto nada nos diz do ela que quereríamos conhecer. Quem foi para além das poucas cartas que lhe conhecemos?... que vida incompleta lhe repousou para sempre no colo e como a carregou. Sei lá, coisas assim.

    Espero bem que a Teresa receba o seu bilhetinho a dizer, gosto muito de si, sabia?!. Mesmo que por outras palavras, talvez mais bonitas e acesas, mas dizendo o mesmo. E oxalá outra mão que não a minha lhas escreva. Se não...imagine.

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    1. Olá Bea!
      O livro "Cartas de amor de Fernando Pessoa" (meu post de Julho/2015) para além de várias cartas de Fernando Pessoa desvenda dados pessoais de Ophélia Queiroz e a história (contada na primeira pessoa) de como se conheceram. Tudo começou com a resposta dela a um anúncio do «Diário de Notícias»...
      Vale a pena ler.

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    2. Bea, esqueci-me de dizer que como bilhetinho não vi, recorri à imaginacão...
      A idade tem destas coisas.
      Para o ano peço de novo, até lá mantenho activa a imaginação.
      Tudo bem!

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    3. Eu tenho o livro das cartas de amor. E pouco me disse do que Ofélia sentiu. Digamos que ficamos a saber como se conheceram e namoraram. E sempre mais do lado de Pessoa.

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  2. Ui, rssss, como foi difícil ler a carta de Fernando Pessoa para a Senhora Dona Ophélia Queiroz!!

    O Dia dos Namorados aqui no Brasil é 12 de Junho, apesar da data 14 Fevereiro ser em muitos países. Você sabe por quê?
    Fevereiro é um mês que o comercio é fraco, todos em férias, na praia ou viajando, então o comércio muito do esperto levou para junho, mês forte de compras. E dia 13 de junho é o dia de Santo Antonio, o Santo casamenteiro!! rss dia encostado no dia dos namorados!

    Mas envio meu carinho a você, curta seu dia, amiga!!!
    E viva o amor, Beijo!

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    1. Amiga, aqui "imitamos" os Estados Unidos.
      Lamentavelmente, em muitas coisas.

      Obrigada. Beijo.

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    2. rss, não é só aí, aqui resolveram comemorar o Dia das Bruxas (O Halloween), até hoje não entendo, não temos essa tradição aqui!! Fica uma coisa muito estranha...ainda bem que não pegou muito, mas sempre tem alguém que faz questão!
      Beijo.

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