Vive, dizes, no presente;
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as coisas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente?
É uma coisa relativa ao passado e ao futuro.
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem.
Eu quero só a realidade, as coisas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas coisas como presentes; quero pensar nelas como coisas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.
(Poema de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa)
Amiga, obrigada pelas braçadas de flores, pelo carinho, pela paciência, pela motivação.
Foi bom encontrar-te!
Olá Teresa.
ResponderEliminarÉ sempre muito bom ler Fernando Pessoa (este poema está em nome de Alberto Caiero, um dos seus heterônimos). Com o grande poeta se sente o prazer da leitura da poesia e aprende-se filosofia.
Uma ótima semana.
Abraços.
Pedro.
Uff...que bonito! E juntando ao seu lindo gesto, vem junto Fernando Pessoa, meu poeta preferido.
ResponderEliminarQuerida Teresa, amizade, carinho, solidariedade, atenção, gratidão são vias de duas mãos! Eu também tenho muito a lhe agradecer, e esses gestos, tão doces, acrescentam maior valor às nossas vidas.
Pra você, de Adélia Prado:
Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Um beijo, querida amiga, obrigada também pela sua amizade!
muito bonita a dedicatória.
ResponderEliminarBoa tarde, lindas rosa e poema do Caeiro, homenagem maravilhosa feita para a sua amiga, sem passado não existe o presente. sem este não existe o futuro, tudo é relativo mas é real.
ResponderEliminarAG
Um poema incrível.
ResponderEliminarTodos somos Pessoa s
ResponderEliminarBj