Se as emoções se radiografassem, talvez nos bastasse enternecer-nos com o esforço de defesa e insegurança dos verdadeiramente sinceros e pudéssemos, ao mesmo tempo, cuidar dos mentirosos, ou estivéssemos capacitados para nos compadecermos dos enganados e lutássemos contra aos injustos. Talvez vivêssemos um pouco mais como somos verdadeiramente.
Neste pequeno livro de Laura Esquivel, há uma espécie de diálogo entre emoção e pensamento, que o converte num manifesto a favor de uma nova forma de olhar para o ser humano.
Será que a alegria nos cura? Que a tristeza nos põe doentes?
Por que razão, na nossa época, reinam a depressão e o stress?
A memória é um armazém pessoal de emoções?
Há pessoas, livros, filmes que nos agarram o coração, e outros que nos provocam repulsa. Porquê?
O que nos leva a tirar uma fotografia da caixa de recordações? Ou a ler a primeira carta de amor que recebemos? Ou a ir buscar ao baú das recordações a rosa murcha que nos deram naquele baile inesquecível?
Este livrinho ajudá-lo-á a encontrar respostas para estas e muitas outras perguntas pertinentes.
E a perceber - que a vida não é mais que um conjunto de recordações, imagens, risos, lágrimas, através dos quais adquirimos consciência daquilo que somos.
E a conseguir - dizer às pessoas que nos rodeiam aquilo que significam para nós, dar um abraço a um amigo perdido, partilhar uma tarde de riso com os nossos filhos, contemplar uma chuva de estrelas, dar um beijo de amor ao nosso companheiro, amar, amar, amar.
Leia, leia!
O livro das emoções, de Laura Esquivel
Tradução de Carlos Sousa de Almeida
Ed. ASA, 2003
90 págs.
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