17 fevereiro, 2015

"Morreste-me" - José Luís Peixoto

… oiço o eco da tua voz, da tua voz que nunca mais poderei ouvir. A tua voz calada para sempre. E, como se adormecesses, vejo-te fechar as pálpebras sobe os olhos que nunca mais abrirás. Os teus olhos fechados para sempre. E, de uma vez, deixas de respirar. Para sempre. Para nunca mais. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei.
“Morreste-me”.
Homenagem ao pai, José João Serrano Peixoto.
O texto foi escrito entre Maio de 1996 e Maio de 1997. O primeiro capítulo foi publicado no suplemento juvenil do Diário de Notícias, DN Jovem, a 7 de Maio de 1997. Foi premiado. Em 2000 chegou às bancas o livro. José Luís Peixoto, então com 26 anos, passou de desconhecido a escritor promissor.
“Morreste-me”.
Relata a doença e morte do pai. A dor profunda da perda. O luto.
Pai, onde estiveres, dorme agora. Menino. Eras um pouco muito de mim. Descansa, pai. Ficou o teu sorriso no que não esqueço, ficaste todo em mim. Pai.Nunca esquecerei.

Não encontro palavras para dizer o quanto este livrinho me tocou. Só dor e lágrimas.
Ponto final.

Morreste-me, de José Luís Peixoto
Ed. Quetzal, 2009
61 págs.

5 comentários:

  1. Creio que foi o primeiro livro que li, do autor, e gostei muito. Voltei a lê-lo quando faleceu o meu pai. José Luís Peixoto é um dos autores desta nova geração de que gosto bastante.
    Bom Carnaval:)

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    1. Olá Isabel,
      Em 2015 vou ler tudo de JLP.
      Vale mais tarde...
      Bjs.

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  2. Quero muito ler este livro mas ainda tenho que arranjar coragem...
    bjs

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  3. Este é simplesmente poesia e dor, dor e poesia. Tão doce e tão triste, tão suave e luminoso.
    Continuação de boas leituras!

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