“Teremos de encontrar-nos, portanto, Sim, mas onde, Vê alguma ideia, Uma hipótese seria que viesse a minha casa, mas há o inconveniente dos vizinhos, a senhora que mora no andar de cima, por exemplo, sabe que não saí, imagine, como ficaria se me visse entrar onde já estou, Tenho um postiço, poderia disfarçar-me, Que postiço, Um bigode, Não seria suficiente, ou então ela perguntar-lhe -ia, isto é, perguntar-me-ia a mim, porque julgaria estar a falar comigo, se eu agora andava a fugir à polícia, Tem assim tanta confiança, É ela quem me limpa e arruma a casa, Compreendo, de facto não seria prudente, além disso ainda há o resto da vizinhança, Pois é, Então, creio que terá de ser fora daqui, num sítio deserto, no campo, onde ninguém nos veja e onde possamos conversar à vontade, Parece-me bem…”
Se já leu, é fácil chegar lá. Vire as páginas. Releia. Deslumbre-se.
Se acertar, ganhará... Um enorme aplauso!
O título do livro nº 5 é:
“Ensaio sobre a lucidez”, Editorial Caminho, 1989
"O Homem Duplicado". Não há como enganar. ;)
ResponderEliminarPermaneço caladinha...
EliminarBjs.