21 novembro, 2014

"O Adeus às armas" - Ernest Hemingway

Quando as pessoas defrontam o mundo com tanta coragem, o mundo só pode quebrá-las matando-as, e por isso, é claro, mata-as. O mundo quebra toda a gente (...) Mas àqueles que não conseguem quebrar, mata-os. Mata os bons, os muito doces, os muito corajosos, imparcialmente.
AMOR e GUERRA, humor e tragédia, são os ingredientes essenciais de “O Adeus às armas”, terceiro romance de Ernest Hemingway, um clássico da literatura universal.
Protagonistas: FREDERIC HENRY (tenente norte-americano, condutor de ambulâncias do exército italiano) e CATHERINE BARKLEY (enfermeira inglesa). A eles juntam-se: Rinaldi (tenente, amigo de Henry), Helen Fergusson (enfermeira, amiga de Catherine), o padre e, claro, muitos outros.
Local da acção: ITÁLIA (Gorizia, pequena cidade a norte de Trieste, e Milão) e SUIÇA.
Tempo: Primeira Guerra Mundial - Outono de 1916
Narrador: O protagonista Frederic Henry.
Enredo: O amor de Henry e Catherine em tempo de guerra - um amor enorme, verdadeiro, atribulado. A separação. O reencontro. A fuga. A dor maior.
Linguagem: Próxima à realidade, sem artifícios, nua, crua.
Estilo: Directo, vivo, incisivo,
Palavras-chave: guerra, amor, paixão, amizade, lealdade, determinação, dor.
Diálogos: Simplicidade perfeita.
Género narrativo: romance.
Ufa!!
Termino dizendo - de forma simples, contida, sem floreados, sem adjetivos exagerados - que o romance “O Adeus às armas” (1929) é... um belíssimo poema em prosa.
- Estou farta de cabelo comprido. É muito incómodo de noite, na cama.
- Mas eu gosto dele.
- Não gostavas dele curto?
- Talvez. Mas gosto dele como está.
- Curto talvez ficasse bem. Então ficávamos ambos iguais. Oh, querido, eu queria tanto ser tu!
- E és. Nós somos um só.
- Bem sei. De noite somos.
- As noites são belas!
Concorda?
Pois é, se gosta de boas histórias de amor e guerra, leia esta e deslumbre-se.
(Lamechas, eu? Não! Romântica.)

O Adeus às armas, de Ernest Hemingway – Prémio Nobel de Literatura, 1954
Prefácio e tradução de Adolfo Casais Monteiro
Ed. Livros do Brasil, 2001
326 págs.

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