Matthieu Ricard nasceu em França, em 1946. Cientista de sucesso, na área da Filosofia, em 1972 abandonou a carreira e dedicou-se ao Budismo Tibetano.
De bem com a vida, respondeu assim à jornalista:
P: Os cientistas consideram-no o homem mais feliz do mundo. Qual é o segredo?
R: Isso é um exagero, não acho que seja bem assim. Mas posso dar alguns conselhos. Primeiro, há que reconhecer que se quer se feliz e não negligenciar as emoções, o nosso interior.
Egoísmo, arrogância, agressividade são tudo sentimentos que nos fazem sentir mal, que controlam as nossas mentes e impedem a felicidade. Não são sentimentos que nos sejam impostos, somos nós os responsáveis por eles, e todos sabemos o mal que fazem. A verdade é que podemos treinar a mente. Cá fora, o nosso controlo é limitado, já no cérebro só depende de nós.
P: E quais são os primeiros passos a dar para o conseguirmos fazer?
R: Primeiro, devemos olhar para dentro e ver o que nos proporciona felicidade. Como o amor altruísta, por exemplo. É preciso controlar o excesso de desejo. E como o fazemos? Simples: libertando-nos dessa ansiedade de querer ter tudo. Como é que podemos dissipar a raiva? Como amor, afeição. É preciso reconhecer que precisamos de mudar de atitude, e depois não basta fazê-lo um dia ou um mês. É algo para a vida. E se o fizerem, acreditem, vão sentir mudanças.
P: Mas temos de pôr de lado os prazeres mundanos para sermos felizes?
R: [risos] Não há mal nenhum no prazer. Mas o prazer não tem nada a ver com felicidade.
…
Excerto da entrevista concedida a Paula Cosme Pinto, publicada na Revista, do jornal Expresso de 28 Abril 2012
Vale a pena ler na íntegra.
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