24 setembro, 2011
Poema de... José Carlos Ary dos Santos
SONATA DE OUTONO
Inverno não ainda mas Outono
a sonata que bate no meu peito
poeta distraído cão sem dono
até na própria cama em que me deito.
Acordar é a forma de ter sono
o presente o pretérito imperfeito
mesmo eu de mim próprio me abandono
se o rigor que me devo não respeito.
Morro de pé, mas morro devagar.
A vida é afinal o meu lugar
e só acaba quando eu quiser.
Não me deixo ficar. Não pode ser.
Peço meças ao Sol, ao céu, ao mar
pois viver é também acontecer.
Poema de José Carlos Ary dos Santos, Portugal (1937-1984)
Pintura (Outono 1918), de José Malhoa, Portugal (1855-1933)
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Teresa,
ResponderEliminarTambém só há pouco tempo e que soube que era possível criar outros paginas.
E fácil, bastar clicar em NOVA MENSAGEM, depois no quanto superior esquerdo aparece, nova mensagem; editar mensagem e EDITAR PAGINA. Basta clicar em editar pagina e criar uma nova.
Estou a criar uma para o meu blog, mas a falta de tempo ainda não me permitiu conclui-la.