Este romance de Ian McEwan tem 128 páginas.
Pequenino, não é?
Enganam-se. É um ENORME romance, profundo, inteligente, sobre sentimentos, silêncios, medos, dúvidas, libertação, uma história de vidas transformadas por um gesto não feito ou uma palavra não dita.
A história começa com o jantar de Edward e Florence na suite destinada a casais recém-casados, num hotel na praia de Chesil, na costa de Dorset.
Eles eram jovens, licenciados, ambos virgens naquela sua noite de núpcias, e viviam numa época em que uma conversa sobre dificuldades sexuais, que nunca é fácil, era simplesmente impossível.
Não tinham dúvidas de que queriam passar juntos o resto da vida.
O seu casamento tinha corrido bem; o serviço religioso foi correcto, a recepção divertida, a despedida dos amigos da escola e da faculdade ruidosa e animada.
E o namoro?
O seu namoro fora uma pavana convencional... nada era discutido e eles não sentiam a falta de uma conversa íntima.
Tudo perfeito?
Não!
Que pequeno grande livro.
Li-o pela primeira vez em 2007, e recordo que a história me encantou e incomodou.
Voltei a ele e o prazer da leitura foi ainda maior.
Lê-se de um fôlego, mas o final – arrasador - mantém-se por muito tempo na nossa memória.
Na praia de Chesil, de Ian McEwan
Gradiva, 2007
Tradução de Ana Falcão Bastos
128 págs.
Nunca li nada de Ivan McEwan. Vou ficar atento e assim que publicar um novo livro irei ler.
ResponderEliminarTiago, se me permite uma sugestão parta à descoberta deste autor pelo livro "Sábado", e a seguir vai "devorar" toda a obra. Tenho a certeza.
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