Por caminhos só rectos, não sei ir.
Nos ínvios por que vou, não sei ficar.
Suspenso do passado e do porvir,
Venho e vou!, venho e vou!, não sei parar.
Sonho-te! Para te humilhar
E me vingar da tua ausência,
Nesse instante supremo, estrídulo, e vulgar,
Em que o delírio atinge o cúmulo da urgência.
Nos lamentos do vento, a mim me escuto;
Sim!, só a mim me entrego e me possuo,
Porque eu me basto para achar o mundo!
Tudo o que penso de mim,
A minha boca o gritou.
Ah, se eu pudesse dizer tudo! E calo
Cousas íntimas, novas, insondáveis e subtis,
Todo esse mundo que desminto quando falo,
Que eu valho…, mas pelo que a voz não diz.
Ai vida sem alegria,
Sem desespero nem nada!...
A gente deita-se..., é noite;
Levanta-se a gente..., é dia;
JOSÉ RÉGIO, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, foi um escritor, poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo e... (saiba mais, aqui)
Versos retirados do livro "Cântico Negro".
Fotos tiradas no paredão de Cascais.
Grande José Régio. Que enorme e exemplar poeta. Gostei muito desta publicação.
ResponderEliminar.
Deixando um abraço amigo
Um post fabuloso. Juntar as palavras do grande poeta José Régio a estas fotos extraordinários foi um golpe de mestre. Parabéns.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Boa tarde de paz, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarUm poema que canta a realidade dos tempos da alma.
Todos temos estados de ânimo assim alternados, somos humanos, mas prevalecem os positivos.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
Poesias lindíssimas do José Régio e muito boas as tuas fotos !
ResponderEliminarTenho a obra poética de Régio.
ResponderEliminarBoa noite, Teresa.