16 junho, 2020

Gosto de chapéus-de-chuva!

(Chapéu comprado em Florença, Itália. Uma obra de arte!)

“Chove-me na alma quando e se tenho alegrias do coração.
Chuva é exercício de melancolia da Natureza, mas nunca será uma tristeza.”
(BEA, http://erva-principe.blogspot.com/)


Gosto de chapéus-de-chuva.
Gosto deles pequenos, médios, grandes, de uma só cor, ou de várias cores, lisos, com bolinhas, com florinhas, com desenhos abstractos, com cabo em madeira, com cabo em metal, enfim, quanto a chapéus-de-chuva não sou esquisita. Gosto de todos. Escolhidos por mim, claro!
Nunca perdi um chapéu-de-chuva.
Mas o vento já me partiu alguns. E de todas as vezes fiquei um nadinha triste.
Triste, triste, fico quando não me devolvem os chapéus que empresto. Sem coragem para os pedir, juro não voltar a emprestar. Mas empresto sempre.
Agora que a chuva passou, eles estão arrumados, sequinhos e juntinhos. Mas olham-me todos os dias (ou olho eu para eles?) ansiosos pelo próximo passeio.
Ficarão arrumados por longos meses (assim espero), mas no próximo inverno voltaremos a andar de mãos dadas por entre os pingos de chuva, saltando sobre poças de água e recordando Gene Kelly cantando «I'm singing in the rain», no filme "Serenta à chuva". 
Gosto de chapéus-de-chuva. E tenho muitos.
Há quem diga que são demais. (hum, adivinham quem é que diz?)
Eu não ligo, e compro outro… aqui, ali, acolá!
(Teresa Dias)


Chapéu-de-chuva, guarda-chuva, sombrinha...
"Os mais antigos que se conhecem foram da Mesopotâmia, há 3400 anos.
Na mesopotâmia, região do atual Iraque, há 3400 anos já existiam artefatos destinados a proteger a cabeça dos reis — contra o sol, não contra a chuva, uma raridade naquele lugar. Assim como os abanos, eram feitos de folhas de palmeiras, plumas e papiro. No Egito, adquiriram significado religioso e na Grécia e em Roma eram tidos como artigo exclusivamente feminino. Só no século XVIII a obstinação do comerciante inglês Jonas Hanway, um apaixonado por guarda-chuvas (versão inglesa do guarda-sol tropical), conseguiria torná-los dignos também de cavalheiros. Embora ridicularizado em vida, após a sua morte, em 1786, os ingleses aceitaram sair à rua munido do acessório nos sempre frequentes dias de chuvas do país." (Wikipedia)



(Hoje, aqui chove. Eu não pedi chuva, juro!)

15 comentários:

  1. Que legal te ler e ver teus gostos. Eu acho muito lindas as sombrinhas coloridas e realmente, acho que as mais lindas que vi são as de Firenze! Uma mais que a outra! Gostei de passar aqui! beijos, chica

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  2. Também eu tenho uma grande coleção de chapéus-de-chuva!!
    Claro está, que é o maridão que diz que são demais.
    O que tu escreves sobre os chapéus-de-chuva, Teresa, podiam ser as minhas palavras.
    Gosto do filme "Serenta à chuva" e de Gene Kelly cantando «I'm singing in the rain».
    ADOREI as palavras da nossa amiga bea, uma mulher com um talento extraordinário para a escrita.
    Paris ainda é mais belo com chuva... Düsseldorf menos.

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  3. Que texto lindo, Teresa!!
    E que estampa maravilhosa esta com grandes flores, amei!
    Quando era moça tinha vergonha de usar sombrinha/guarda-chuva em dias quentes, que bobagem...Mas isso a gente aprende com o passar do tempo, hoje, qualquer chuvisco ou sol mais forte, já abro a minha.
    Adorei, abração!

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  4. Curiosa essa tua atracção por chapéus de chuva. Eu só gosto da utilidade que têm. Já perdi alguns e já o vento me partiu alguns. Agora tenho um de varetas duplas para aguentar o vento. Se andar na rua, claro...
    Também gosto de ler a Bea que é muito talentosa e sensível e com espírito de humor...
    Um grande beijo, minha Amiga Teresa.

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  5. pois eu li a primeira frase e achei profunda; a segunda identifica-me, creio até que me lembro de a escrever em qualquer lugar; a Teresa tem a certeza que a primeira é mesmo minha?!
    Também gosto de chapéus de chuva e perco-os com a facilidade de comprá-los, mas só compro dos baratos e já me habituei a perder quase tudo... e nunca são muito bonitos. Esse sim, é bem florido. Mas já dei alguns que faziam o meu gosto (basicamente,todos os que ofereci, e que foram, apesar da barateza, mais caros do que os que adquiro para uso pessoal). Não comprei nenhum em Florença. Em Florença compro cartas. As cartas florentinas são do mais bonito que há. Compro cartas, como gelados e pizzas, passeio por aquela belezura inaudita. Mas, por via de um trovoadão, comprei um em Pisa ao vendedor de rua e era tão bom tão bom que mal o abri logo se desmanchou ao aparar aquele mar de água. Algures hei-de ter uma foto desse tempo extraordinário com quatro portuguesas encharcadíssimas e quatro sombrinhas abertas, cada uma de sua cor.

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    1. As frases são suas, amiga Bea.
      Separadas num texto seu, pedi-as, juntei-as e coloquei-as no "Pétalas de Sabedoria", em 2018. Agora, saltaram para aqui.
      Gostava de voltar a Itália.
      Beijo.

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    2. A sério?!!! Não dei por nada. Tenho uma ideia de me pedir alguma coisa sim, mas não faço grande caso de ver se as pessoas usam ou não o que pedem.
      De todo o modo, obrigada, Teresa. Chamou a atenção para o que escrevo.Às vezes saem coisas interessantes, afinal.
      Hummm...também gostava de voltar a Itália, mas acho muito improvável. Ficam as boas memórias:). Eu ter lá ido em tão boa companhia parece-me ainda hoje um milagre.

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  6. rsssss, muito bom, querida Teresa, estou sorrindo porque li um texto muito gostoso, porque é da Teresa Dias, e interessante, também, porque você falou da origem do guarda-chuva, coisa que eu nunca tinha lido.
    Bem, eu esqueço guarda-chuvas em vários lugares, basta que eu esteja dentro de uma loja. Esqueço também meu carrinho quando vou ao supermercado, levei sustos enormes.
    Parabéns, amiga, quero mais textos seus, ok? Combinado, então.
    Beijinhos, uma boa semana!

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  7. que giro pois eu nao gosto nada andar com eles quando chove mas que lindo o teu texto bravo como sempre bjs tudo de bom saude

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  8. Querida Teresa, os guarda-chuvas, para mim têm de ser daqueles " dos chineses ", porque se sair, por exemplo dum café e já não chover, de certeza que ele fica lá. Já tive alguns melhorzinhos que deixei esquecidos, mas, quando me lembrei deles, voltava ao lugar onde tinha ficado e...nada! Já tinha ido, com certeza cansados de me esperar. E assim fui simplificando o problema optando por aqueles que não deixam pena; os coitados são tão fracos que, se a tempestade for grande, vão pelos ares, Vou-te contar uma coisa, uma vez o meu marido e o meu irmão foram ver um jogo de futebol ao estádio; a chuva era tanta que compraram um guarda-chuva cada um: em casa, o meu marido colocou-no na lata que tenho no hall e sabes o que aconteceu? No dia seguinte a parede junto à lata estava cheia de tinta preta que tinha saido do guarda-chuva e respingado na parede branca.Tive que pegar na tinta branca e compor a parede. E assim vai a vida dos " chapéus de chuva, sombrinhas ou guarda-chuvas" cá por casa, enfiados numa lata ( muito bonita, aliás..), pedindo aos deuses que a chuva venha suave para que não sucumbam; estão como nós...a pedir ao virus que nos poupe. Adorei daber a história destes objectos querida Teres! Muito obrigada! Espero que estejas bem e, já agora...que a chuvinha venha mais uns uns dias para usares os teus lindos chapéus-de chuva. Eu não me importo! Um abraço muito, muito apertadinho cheiinho, cheiinho de amizade
    Emilia

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  9. Corrigindo...lembrava deles...tinham ficado...já tinham ido...colocou-o
    Saber...
    Sorry, Amiga! Deve ser o sono! Beijos
    Emilia

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  10. Só pode dizer isso quem não vive em Macau e não tem que aturar estas idiotas que andam de guarda-chuva ao sol.
    Irritante!
    Beijo

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  11. Boa tardinha de paz, querida amiga Teresa!
    Que bonita mensagem e que lindíssimos guarda-chuvas!
    Adoro os florais, nem parece que estamos sob chuva e sim sobre um Jardim 🥰.
    Chuvas de bençãos sobre sua vida, amiga...
    Tenha dias florais!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  12. Ah, também gosto de ficar sob eles em uma chuvarada mansa, escutando a chuva cair... mas confesso que tenho muitas sombrinhas e guarda-chuvas, todos comprados por muito pouco dinheiro.Perco muitos: esqueço-os em papelarias, lojas e restaurantes, empresto-os às visitas e alunos que vêm aqui e nunca mais me devolvem.

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