Não me fujas ainda, Teresa. Já não vejo a força, nem a morte. Meu pai protege-me, e a salvação é possível. Prende ao coração os últimos fio da tua vida. Prolonga a tua agonia, enquanto te eu disser que espero. Amanhã vou para as cadeias do Porto, e hei-de ali esperar a absolvição ou comutação da sentença. A vida é tudo. Posso amar-te no degredo. Em toda a parte há céu, e flores, e Deus. Se viveres, um dia serás livre; a pedra do sepulcro é que nunca se levanta. Vive, Teresa, vive!... Ontem, vi as nossas estrelas, aquelas dos nossos segredos nas noites da ausência. Volvi à vida e tenho o coração cheio de esperanças.
Ajuda se eu disser que quem assim ama se chama Simão?
Ajuda se eu disser que esta história foi escrita na cadeia da Relação do Porto?
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Resposta do Desafio nº 16:
Foi fácil este desafio. Claro que é “O Estrangeiro”, de Albert Camus, publicado em 1942.
O escritor venceu o Prémio Nobel de Literatura,1957.
Parabéns para quem acertou.
Esta nem vale a pena pesquisar no Google: foi leitura obrigatória no liceu durante vários anos (não sei se ainda é!)
ResponderEliminarPessoalmente, nem gostei muito: fez-me lembrar um Corin Tellado, mas de época. Dizem as más línguas que ele escreveu o livro em 15 dias, para pagar a renda atrasada... Mas pronto tinha a vantagem de se ler num instante. :)
Beijocas!
A. de P. de C.C.B. :)
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