Um dia li um livro e toda a minha vida mudou.
Quem o diz é Osman, um jovem universitário de Istambul, que decide tomar o futuro nas mãos, percorrendo o país em busca do amor e de uma vida nova, depois de ler um livro que parecia ter sido escrito para ele, já que contava a história da sua própria vida.
Viu pela primeira vez o livro nas mãos de uma jovem estudante desconhecida. Comprou-o de imediato e leu-o sofregamente. A luz que o livro emanava era a mesma que jorrava do rosto doce da jovem. Apaixona-se. O livro enfeitiça-o. Abandona toda a sua vida e parte. Parte em busca do amor de Janan.
Diz a sinopse, por sinal muito bem-feita:
Obcecado pelo livro mágico, que lhe parece mostrar a sua própria vida num outro universo, Osman lê-o com fervor, noite após noite, e apaixona-se por uma lindíssima jovem, Janan, que é na realidade a pessoa que lhe revelara o livro. Este envolve temas inquietantes como o da identidade, do amor e da morte, e encerra perigos para além da compreensão de Osman. Movido por um impulso incontrolável, o jovem abandona toda a sua vida, para procurar a misteriosa mulher e descobrir os segredos mais obscuros que o livro encerra. Assim, viaja incessantemente em velhos autocarros desconjuntados, até ao coração inóspito da Turquia rural, onde ainda se encontram as pequenas coisas nostalgicamente ligadas ao passado e à identidade do povo.
Osman viaja sem saber donde vinha, sem saber onde estava, sem saber para onde ia… viaja, simplesmente, em busca de Janan.
Finalmente, numa noite fria, encontra-a ferida, entre as vítimas de um acidente com dois autocarros.
Tornam-se companheiros de viagem. Vão de cidade em cidade, lado a lado nos autocarros da noite, sempre a reler o livro da luz. Vão em busca da Vida Nova. Encontrá-la-ão? E eles... encontrar-se-ão?
O tempo é um grande ruído…
O acidente é um destino…
A vida é um livro…
Como acaba esta história mágica, contada em jeito de triller, que nos baralha e deslumbra da primeira à última página?
Será que muda, também, a nossa vida? Nunca se sabe...
O que sabemos é que a escrita de Pamuk é pura sedução.
O que é o amor?
O amor é a necessidade de abraçar com muita força alguém e de querer estar sempre a seu lado. É o desejo de esquecer o mundo exterior quando se abraça esse alguém. É o desejo de descobrir um refúgio seguro para a alma.
Deslumbrante!
Deslumbrante!
A vida nova, de Orhan Pamuk (Prémio Nobel de Literatura 2006)
Ed. Presença, 2006
Tradução de Filipe Guerra
293 págs.
Ai assim fica difícil resistir! Tenho O Museu da Inocência para ler mas, confesso que o seu tamanho assusta-me!
ResponderEliminarBeijinhos*
Olá Jojo,
EliminarÉ um romance extraordinário.
Ainda não li "O museu da inocência".
Tenho para ler "Istambul - Memórias de uma cidade". Já visitei aquela cidade maravilhosa, logo, estou muito curiosa.
Bjs.
Olá Teresa,
ResponderEliminarLi este livro pouco tempo depois de ser editado. Pouco ficou dele. Em 2006 não era o leitor que sou hoje...
Pretendo regressar ao autor...
Olá Tiago,
EliminarEntendo-o porque eu "senti" esta leitura de uma forma diferente.
A passagem dos anos não traz só rugas...
Boas leituras.