Este foi o primeiro romance que li de Mario Vargas Llosa, escritor peruano premiado em 2010 com o Nobel da Literatura.
Não me fascinou, por aí além.
Talvez não tenha feito a escolha certa para ir à descoberta de Llosa, autor de uma variada obra.
Não sei.
Não sei.
Aconteceram coisas extraordinárias naquele verão de 1950.
Mas o facto mais notável foi a chegada a Miraflores (Peru), de duas irmãs, vinda de Santiago (Chile). A mais velha chamava-se Lily, teria catorze ou quinze anos, dançava com um ritmo agradável e muita graça, sorrindo e cantarolando a letra da canção. Apaixonei-me como um bezerro, a forma mais romântica de uma pessoa se apaixonar.
Eu pedia a Deus um desejo, que fossemos namorados, nos amássemos, passássemos a noivos e nos casássemos e acabássemos em Paris ricos e felizes.
Mas não foi bem assim que aconteceu.
No final do verão, Ricardo descobre que Lily e a irmã mentiram, intrujaram, inventaram e desapareceram.
Ricardo Somocurcio, narrador e personagem principal deste romance, desde que tinha o uso da razão que sonhava viver em Paris.
Os tios, que substituíram os seus pais mortos por atropelamento tinha ele dez anos, incentivam-no a partir.
Em Paris vivia-se a febre da revolução Cubana, com jovens a chegarem dos cinco continentes.
Ricardo integra o grupo que prepara a revolução peruana e conhece a camarada Arlette (ou Lily a falsa chileninha?). Nele renasce a paixão do verão de 1950, nela a indiferença.
Três anos depois, já a trabalhar como tradutor-intérprete, Ricardo encontra a camarada Arlete (ou Lily?), agora como Madame Robert Arnoux, casada com um diplomata francês.
Ele – o Ricardito, o menino bom (é assim que ela o chama) - continua apaixonado.
Ela – a menina má (é assim que ele a chama) - vê nele um borra-botas, nada mais.
Vivem fogosos encontros apaixonados, até que ela… desaparece.
Volta a encontrá-la quatro anos mais tarde, agora como Mrs. Richardson.
Ele ama-a cada vez mais. Ela conta mais mentiras que verdades e… volta a desaparecer.
O próximo encontro é no Japão, era ela uma advogada “japonesinha”, secretária de um perverso e mafioso homem de negócios.
Ele continua apaixonado, ela entrega-se mas a seguir... afasta-o.
São 40 longos anos de encontros e desencontros, com momentos de amor, de amizade, de desejo, de paixão, de egoísmo, de humor, de mentira, de dor, de tragédia, de obsessão e perversão.
… estava havia muitos anos apaixonado por uma mulher que aparecia e desaparecia na minha vida como um fogo-fátuo, inflamando-a de felicidade por curtos períodos, e, depois, deixando-a seca, estéril…
Qual será o verdadeiro rosto do amor?
Qual será o verdadeiro rosto do amor?
Travessuras da menina má, de Mario Vargas Llosa
D. Quixote, 2006
Tradução de J. Teixeira de Aguilar
375 págs.
Olá Teresa,
ResponderEliminarDe Mario Vargas Llosa apenas li A Tia Julia e o Escrevedor, gostei bastante, mas o tema é bem diferente desde livro que leu.
Tão cedo não volto a Vargas Llosa...
ResponderEliminarEu ando muito curiosa por ler este livro, nunca li nada deste escritor. Mas como ainda não o adquiri talvez espere que me ofereçam pelo Nata;)
ResponderEliminarBeijinhos Teresa.
Boas leituras.
Boa estratégia.
ResponderEliminarEu também prefiro livros na árvore de Natal... a coisas sem utilidade e por vezes mais caras.
Bjs para ti também.