13 abril, 2011

"O grande Gatsby" - F. Scott Fitzgerald


“Foi quando a curiosidade pública pelo Gatsby atingiu o apogeu, que um sábado à noite as luzes da casa ficaram por acender – e, tão obscuramente como tinha começado, a sua carreira de Trimalquião se acabou.”.

O excelente prefácio SCOTT FITZGERALD OU A AUTODESTRUIÇÃO CRIADORA, de José Rodrigues Miguéis, retrata a vida de Francis Scott Fitzgerald (1896-1940) “um homem arrastado pela sede de viver e vencer e a desilusão e o fracasso dela decorrentes” e permite-nos entender melhor o romance que se segue.
A vida vertiginosa e fútil de Fitzgerald foi curta. Dependente do álcool, morreu aos 46 anos vítima de ataque cardíaco, mas aos 26 já se confessava “velho e cansado”.
Filho de uma família pobre de Minnesota, “cresceu humilhado, excluído, um outsider”.
Aos 23 anos publica o romance This Side of Paradise. Foi o primeiro de muitos sucessos.
Ganhou fortunas, mas desperdiçou tudo numa vida de ostentação passada entre o “jet-set” de Nova Iorque, Hollywood, Paris e Riviera Francesa.
Seguiram-se alguns fracassos editoriais e as consequentes angústias, dívidas, álcool, remorso e sofrimento.
As suas obras traduzem a sua própria experiência de vida e o seu trágico declínio.
Sobre “O grande Gatsby”, saudado como uma obra quase perfeita, disse: “ Toda a carga deste romance é a perda das ilusões que de tal modo dão cor ao nosso mundo, que nada nos é possível avistar fora delas”.
No pequeno - excelente romance há duas personagens cujo carácter se assemelha ao do autor:
Carraway, o narrador, a consciência moral e o bom senso da classe média; e
Gatsby, o novo-rico que se convence que a fortuna tudo compra, até o sonho.

“O homem simples, marcado pela nódoa original da pobreza, está antecipadamente vencido, por empolgante e puro que seja o seu Sonho…”.

O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
Editorial Presença, 1ª edição 1985
Tradução de José Rodrigues Miguéis
202 págs.

1 comentário:

  1. Um livro que já está na minha lista de desejos.

    Boas leituras!

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