19 abril, 2011

"Na minha morte" - William Faulkner

O meu pai dizia que a razão para viver é prepararmo-nos para ficar mortos.

Sinopse: “Na minha morte” é a história às vezes cómica, às vezes grotesca, do esforço decidido de uma humilde família rural para cumprir a promessa que o pai fez à esposa moribunda: Addie Bundren deseja ser enterrada junto à sua família, na cidade de Jefferson, a cerca de oitenta quilómetros do sítio onde moram. Esta viagem, atrasada pelas inundações e pelo fogo e seguida por uma crescente nuvem de moscardos, demora nove dias. Durante toda a sua absurda e quixotesca prova, os membros da família demonstram um profundo respeito pelo desejo da mãe, mas também eles têm os seus próprios desejos e talvez os possam satisfazer nesta oportunidade de visita à cidade”.

Linda, lindo, lindo.
Triste, muito triste, este retrato profundo sobre a pobreza, a perda, a dor e as relações familiares.
O autor recorre ao monólogo interior de 15 narradores, para conseguir diferentes pontos de vista da história desta família, no período de doença da mãe, na sua morte e na atribulada viagem, para ela “repousar entre a sua gente”.
São 59 pequenos capítulos, intensos e, por vezes, absurdos: "A minha mãe é um peixe".
Cada capítulo está identificado com o nome do narrador.
Addie, a mãe, tem um único capítulo, onde, já morta, confidencia segredos e pecados.
Há livros que retemos para sempre na nossa memória.
Este é um deles.

Na minha morte, de William Faulkner (1897-1962), Prémio Nobel da Literatura, 1949.
Dom Quixote, 2004
Tradução de Ana Maria Chaves
208 págs.

2 comentários:

  1. Parece-me que não é uma leitura fácil. Estou enganada?

    ResponderEliminar
  2. Olá Paula,
    Acredita que é fácil. Claro que a história é triste mas, lá pelo meio, há momentos hilariantes. Eu adorei este livro. Lê e depois dá-me a tua opinião.

    ResponderEliminar