“Se um dia eu pudesse adquirir um rasgo tão grande de expressão, que concentrasse toda a arte em mim, escreveria uma apoteose ao sono. Não sei de prazer maior, em toda a minha vida, que poder dormir. O apagamento integral da vida e da alma, o afastamento completo de tudo quanto é seres e gente, a noite sem memória nem ilusão, o não ter passado nem futuro.”
Fernando Pessoa, poeta português (1888-1935), in “Livro do desassossego”, Ed. Tinta da China, 2014
"Daphne", de Frederic Leighton, pintor e escultor inglês (1830-96)
Olá, Teresa!
ResponderEliminarÀs vezes penso que conheço muita coisa sobre Fernando Pessoa, mas com "Se um dia eu pudesse..." vejo que tenho ainda muito a conhecer sobre o célebre poeta português. Interessante essa questão do sono, para o poeta.
Parabéns, minha amiga.
Um abraço.
Pedro
Poxa... Fernando Pessoa sempre acerta na mosca!O sono é uma ausência magnífica para não só a recuperação física, mas a da mente, a ausência de emoções pesadas, de tristezas que vêm fora de hora. É o poeta filósofo!! Não sei se antes vem a poesia ou a filosofia contida e que resolve passear pela poesia.
ResponderEliminarBeijo grande, amiga!
Olá Tais e Pedro!
ResponderEliminarAcreditem, amigos, "O Livro do Desassossego" sossega a alma. É um dos meus livros de cabeceira. Recomendo "a todo o mundo".
Beijos e abraços.
Querida Teresa, antes de mais quero agradecer-te, do fundo do coração a tua preocupação com a minha mãe; estar longe , nestas alturas , faz as coisas parecerem ainda piores, mas, estou com esperança que tudo dê certo. Muito obrigada. Quanto ao sono, Fernando Pessoa tem razão, ele, quando chega, é reparador e durante essas horas todas as preocupações ficam lá fora, recuperando-nos assim para as novas que chegarão com o novo dia; mas, quando ele demora a chegar, transforma-se num tormento e a nossa mente não pára, com pensamentos variados, aparecendo uns atrás dos outros varrendo para bem longe a nossa vontade e necessidade de dormir. Gostei muito deste poema, amiga! Não o conhecia. Quanto a Carlos Drummond, aconselho-te a procurares a " Palavra mágica" É lindo! Espero que já não estejas a sentir-te um pouco " coiso ", embora esses sensação seja normal. Todos se sentem assim de vez em quando. Beijinhos
ResponderEliminarEmilia
Olá Emilia!
EliminarObrigada pelo carinho e pelas dicas. Tomei nota da "Palavra Mágica". Promete!
Estou feliz pela tua mãe. Respondi no teu blogue.
Beijo.
Muito interessante esta citação, Teresa. Há quem diga que o sono é a imagem da morte. Penso muitas vezes nisso. Por onde andaremos enquanto dormimos, que outras vidas vivemos? Um dos muitos mistérios que a vida não explica.
ResponderEliminarObrigada, minha amiga.
Bj
Olinda
Também adoro dormir.
ResponderEliminarExcelente escolha, como sempre Fernando Pessoa encanta quer em poesia, quer em prosa.
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Bellísima imagen, y aún más bello -a pesar del traductor-, el poema.
ResponderEliminarUn placer haber dado con tu espacio.
Saludos.
Obrigada Manuel e bem-vindo.
EliminarVou espreitar "tu espacio".
Um pouco deste desassossego por dia e nem sabemos o bem que nos fazia... :)
ResponderEliminarCara Teresa, não sou muito de dormir, sou uma pessoa noturna, quanto mais tarde mais ativa fico, gosto do silêncio da noite para escrever, pintar... Achei interessante este poema, pois sempre pensei que os poetas dormissem pouco envolvidos com seus amores,e sofridos, com inspirações noturnas.Foi para mim uma nova visão deste maravilhoso poeta. Grata por compartilhar e por suas palavras lá no meu blog.
ResponderEliminarBeijinhos, Léah
Pelo desassossego é que vamos
ResponderEliminarBj