235-(cerca de 4-4-1930)
“Por mais que pertença, por alma, à linhagem dos românticos, não encontro repouso senão na leitura dos clássicos. A sua mesma estreiteza, através da qual a sua clareza se exprime, me conforta não sei de quê. Colho neles uma impressão álacre de vida larga, que contempla amplos espaços sem os percorrer.”
Leio como quem passa. E é nos clássicos, nos calmos, nos que, se sofrem, o não dizem, que me sinto sagrado transeunte, ungido peregrino, contemplador sem razão do mundo sem propósito.”
239-(10-4-1930)
"Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o seu esquecimento de que há outros com alma igual. A minha vaidade são algumas páginas, uns trechos, certas dúvidas.”
Leia (tudo) e… deslumbre-se!
Engraçado, julgava que era um livro de poesia. Estamos sempre a aprender... ;)
ResponderEliminarBeijinhos
Olá Teté!
EliminarEste é o meu livro de 2016.
Quanto mais o leio (e é para ser lido aos poucos, sem pressa), mais me convenço de que Fernando Pessoa é o nosso maior escritor.
Prosa ou poesia, dele, tudo é BOM!
Bjs.
Talvez Pessoa tenha razão e a nossa vaidade seja mesmo julgarmo-nos únicos, acharmos que ninguém tem alma igual. Mas essa vaidade é que nos levanta, sem ela o que seríamos
ResponderEliminarBea, necessito urgentemente de uma dose de vaidade...
EliminarSe souberes onde se vende, agradeço.