O matrimónio
“Embora estivessem casados há apenas uns meses, não eram capazes de parar de discutir quase permanentemente e muito crispadamente. Por essa razão, decidiram visitar um homem que tinha fama de conselheiro. Puseram-no a par dos temas das discussões porque cada um pensava ter razão sobre o outro. O conselheiro disse:
- O par perfeito é aquele em que os dois se transformam num só.
E então, muito aflitos, ambos perguntaram em uníssono:
- Mas em qual dos dois?
O ego procura incansavelmente a maneira de se afirmar e de se reafirmar, de consolidar a sua estrutura e aumentar a sua burocracia, de exercer como um tirano e não ceder nas suas exigências. Um ego exacerbado rouba-nos a paz e a felicidade. Todos ficamos aflitos com a ideia de sentir o nosso ego ameaçado e não nos apercebemos de que o ego não é a nossa essência. A ego-realização, que nos acorrenta, é muito diferente da auto-realização, que nos liberta.”
“Os Melhores Contos Espirituais do Oriente”, de Ramiro Calle, Ed. A esfera dos Livros.
Foto tirada da net.
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