"… Tolstoi contava uma fábula russa sobre um homem que, perseguido por um monstro, se lança para dentro de um poço. Todavia, quando vai a cair pelo poço abaixo, o homem vê que está um dragão no fundo, pronto para comê-lo. Nesse momento, o homem repara num galho que se destaca da parede, agarra-se a ele e fica pendurado. Assim evita cair nas mandíbulas do dragão, ou ser comido pelo monstro que o persegue, mas nessa altura surge um pequeno problema. Dois ratos, um preto e um branco, correm pelo galho, que vão roendo à volta. É apenas uma questão de tempo até roerem o galho todo e o homem cair. Enquanto pensa no seu destino irremediável, o homem repara noutra coisa: do extremo do galho a que está agarrado escorrem umas gotas de mel. O homem estende a língua para lamber o mel.
É esta, dizTostoi, a sina do ser humano: somos o homem agarrado ao galho. A morte espera por nós. Não podemos fugir-lhe. E por isso distraímo-nos lambendo qualquer gota de mel que esteja ao nosso alcance."
É esta, dizTostoi, a sina do ser humano: somos o homem agarrado ao galho. A morte espera por nós. Não podemos fugir-lhe. E por isso distraímo-nos lambendo qualquer gota de mel que esteja ao nosso alcance."
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