19 julho, 2011

"Expiação" - Ian McEwan

Descobri este autor em 2006, quando me aconselharam a leitura de “Sábado”.
Em 2008 voltei a ele, para ler este espantoso, inteligente e comovente romance, que descreve de forma brilhante a infância, o amor, a vergonha, a culpa, o perdão e os conflitos sociais, numa Inglaterra em guerra.
Como pode uma escritora expiar os seus crimes se, com o poder absoluto de decidir o final, é em certa medida Deus? Não há expiação para Deus, nem para os escritores, mesmo que sejam ateus.
Cecilia e Robbie conhecem-se desde os sete anos e amam-se, apesar de o mal-estar que sentem quando estão juntos.
Após o regresso de ambos de Cambridge e de anos sem se falarem, encontram-se junto da fonte no jardim e trocam algumas palavras envergonhadas.
Ela mergulha na água uma jarra com flores. Ele tenta ajudar e a jarra parte-se. Ela, zangada, despe-se e em roupa interior entra na água para recuperar os cacos, mergulha e desaparece.
Ele apavorado procura-a na água e, quando ela sai da fonte, perde o olhar no seu corpo molhado.
Ela veste-se e dirige-se para casa, sem olhar para trás.
Este acontecimento é visto por Briony, 13 anos, irmã de Cecilia, que, perdida nas suas fantasias de escritora, imagina ter assistido a uma cena de mistério, autoritarismo, chantagem e ameaças.
Nesse dia, a vida destas três personagens mudará para sempre.
Passadas seis décadas, para Briony, a escritora, nada restava daquela cena muda que decorrera junto da fonte, a não ser o que sobrevivera na memória, em três memórias distintas e sobrepostas.
Irá a tempo de expiar o seu crime?

Expiação, de Ian McEwan
Gradiva, 2001
Tradução de Maria do Carmo Figueira
419 págs.

3 comentários:

  1. Tenho muita curiosidade de ler esse livro. Parece-me bastante interessante.

    Boas leituras!

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  2. Olá Landa,
    Lê que vais gostar. Já agora lê também, do mesmo autor, "Sábado" - é fabuloso!
    Espreitei o teu cantinho e continuas com óptimas leituras. Boa!
    Bjs.

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  3. Obrigada. Esse por acaso ainda não tinha ouvido falar.
    Bjs.

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