Não sei o que se passa comigo.
Perdi a vontade de ler, de escrever, de falar, de sorrir. Apenas me apetece chorar.
Sinto-me totalmente desorientada, desmotivada, infeliz.
Leio as primeiras páginas de um livro, e logo o ponho de lado.
Inicio a escrita de um texto, e logo me enrolo num emaranhado de palavras sem nexo.
Abro o meu “rol de leituras”, e logo o fecho perdida em pensamentos derrotistas.
Eu sei o que se passa comigo.
Uma dor medonha, consome-me sempre que visito a minha mãe no lar aonde agora ela vive.
Cada dia mais velhinha, cada dia mais magra, cada dia mais silenciosa, cada dia mais parada, cada dia mais triste.
Eu, choro de culpa, de impotência, de saudade.
Não há livro, nem caneta, nem papel, nem teclado de computador que me ajude a saber o que fazer.
Vai passar? Não sei.
Mãe!
Um grande beijo e a certeza de que, quem sofre assim não merece sentir culpa. E sim, vai passar.
ResponderEliminarNão vivi tal experiência e espero não ter de vivê-la. Ou então, se não puder ser de outra maneira, que seja eu a mãe - há um tempo em que deixamos de ter voz ou apetites, mandam os filhos, eles sabem o que é melhor para nós e tudo que digamos choca na sua lógica.
ResponderEliminarPense apenas que ainda pode aproveitar a sua mãe. E aproveite. Há quem não possa.
Já me senti assim, por isso vou só desejar força e deixar um abraço.
ResponderEliminarGábi
esse nó na garganta vai passar e, como uma borboleta, um dia será saudade. por isso aproveite e tente reverter essa sensação negativa em algo positivo. a vontade de escrever, de ler e de se sentir a viver também chegará. o tempo ajuda. o tempo atenua e, muitas vezes, cura. deixo-lhe o abraço de quem sobreviveu a esse tempo.
ResponderEliminarMuita força :(
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Muito obrigada Patrícia, Bea, Redonda, Anna, Lopes, pelas palavras de conforto.
ResponderEliminarConfesso que não está a ser fácil.
Finalmente terminei a leitura de um livro. Não foi a melhor escolha mas... está lido.
Abraço amigo.