Era uma vez uma rapariga de Manhattan
Que só dormia sobre lençóis de cetim
O marido escorregava e deslizava
E os seus corpos colidiam
Por isso faziam algo obsceno em latim.
Amy Elliot, a rapariga de Manhattan, desapareceu. Será Nick Dunne, o marido, um assassino?
Que só dormia sobre lençóis de cetim
O marido escorregava e deslizava
E os seus corpos colidiam
Por isso faziam algo obsceno em latim.
Amy Elliot, a rapariga de Manhattan, desapareceu. Será Nick Dunne, o marido, um assassino?
… não contes, mostra…
Está bem, eu não conto. Mostro a capa do livro e desvendo apenas umas coisitas, que não beliscarão o mistério deste “triller psicológico”. Viciante, dizem os entendidos. Será mesmo? Respondo no fim.
A história relata o misterioso desaparecimento de Amy - jovem, linda, inteligente, filha única de dois escritores, jornalista, mulher de Nick, escritor de revistas - precisamente no dia em que celebravam o 5º aniversário de casamento, na casinha junto ao rio Mississípi, e pode dividir-se em duas partes.
Na primeira parte os capítulos alternam entradas do diário de Amy (com revelações inesperadas), com o dia-a-dia de Nick após o desaparecimento da mulher (a pressão da polícia e dos media).
Depois de muitas voltas e reviravoltas, chega-se à segunda parte. Bem, a segunda parte começa assim: Sou mais feliz agora que estou morta. E mais não digo.
Na primeira parte os capítulos alternam entradas do diário de Amy (com revelações inesperadas), com o dia-a-dia de Nick após o desaparecimento da mulher (a pressão da polícia e dos media).
Depois de muitas voltas e reviravoltas, chega-se à segunda parte. Bem, a segunda parte começa assim: Sou mais feliz agora que estou morta. E mais não digo.
Amy e Nick estavam desempregados e quase falidos, quando deixaram a casa oferecida pelos pais de Amy em Manhattan, a frenética e excitante terra do futuro, e se mudaram para Cartago do Norte, a cidadezinha de perdedores conformados, onde Nick nasceu.
“Abatidos” pela Internet, pela recessão, pelo público americano que preferia ver televisão, ou jogar videojogos, precisavam rapidamente de novas carreiras, de novos desafios.
Nick dá umas aulas e, como o mundo vai querer sempre uma bebida, investe as últimas poupanças de Amy na concretização de um sonho antigo: abre um bar. Um bar que gere com Margo, a sua irmã gémea, também desempregada. Um bar que o afasta de casa e da mulher. Um bar que encobre um namoro secreto.
Sozinha, Amy, a escritora de questionários de personalidades, que adora charadas e jogos, sobretudo jogos psicológicos, desespera, sem estratégia de vida viável.
Vai vingar-se. Como?
Deixa de falar e passa a jogar… um jogo perverso.
Amy! Amy! Amy!
Bem, a publicação deste triller foi um sucesso – chegou a nº 1 no New York Times - com os críticos a apelidá-lo de engenhoso, viperino, irresistível, pungente, brilhante, etc. etc. etc..
Eu... bem, eu ... desfolhei todas as 515 páginas, não deixei para trás um só parágrafo deste casamento surpreendente, numa América decadente, mas não me entusiasmei.
Pelo contrário, desesperei com a “xaropada” da segunda parte.
Casamento é compromisso e trabalho duro, e depois mais trabalho duro, comunicação e compromisso. E depois trabalho.
Verdade!
Casamento é compromisso e trabalho duro, e depois mais trabalho duro, comunicação e compromisso. E depois trabalho.
Verdade!
Em parte incerta, de Gillian Flynn
Bertrand Editora, 2013
Tradução de Fernanda Oliveira
515 págs.
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