Gosto de acordar com vontade
De agarrar o dia
Pendurar-me no Sol
E sugar-lhe a energia
Gosto de pensar que ele me leva
Ao longo das horas
Nas suas crinas douradas
E me faz ver o mundo pequenino
Numa harmonia de cores e formas
Que encanta
Gosto da segurança majestosa
Do seu demiurgo modo de estar
A apontar-me as flores e as searas
As árvores a rebentar em frutos
E os risos das crianças nos jardins
Gosto da ternura com que ele se aproxima
Dos idosos sentados nos bancos das cidades
E da forma como se insinua
Por entre as frechas tristes
Das janelas dos hospitais
Para realizar a magia de um sorriso
Num rosto dilacerado pela doença
Gosto, quando ele me convence
Que há um sentido perene em tudo
Que há um tempo para amar
E um tempo para morrer
Poema de Ana Wiesenberger (querotrazerpoesiaparaarua)
(O Sol, tirei da net)
Na verdade
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