07 dezembro, 2012

Desafio nº12 – Considerava que cada pessoa é responsável por si própria. Quem é esta mulher guerreira que gostava de ser tratada como a maior escritora francesa?

Ninguém me aceitava tal como eu era, ninguém me amava; amar-me-ia eu bastante, pensei, para compensar este abandono. Outrora convinha-me, mas preocupara-me pouco em me conhecer; doravante pretendi desdobrar-me, olhar-me, espiar-me; no meu diário dialogava comigo própria. Entrava num mundo cuja novidade me aturdia. Aprendi o que separa o desespero da melancolia e a secura da serenidade; aprendi as hesitações do coração, os seus delírios, o aparato das grandes renúncias e os murmúrios subterrâneos da esperança.
Contudo perseverei no meu desígnio: servir.
O meu caminho estava traçado: aperfeiçoar-me, enriquecer-me e exprimir-me numa obra que ajudasse os outros a viver.
 
Ajuda se eu disser que nasceu, em 1908, numa colónia francesa, e que este foi o primeiro livro de uma vasta obra autobiográfica?
Ajuda se eu disser que teve uma relação polémica com o maior filósofo do seu tempo?
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Resposta do Desafio nº 11:
Este não foi fácil, pois não? Trata-se de “Os três seios de Novélia”, de Manuel da Silva Ramos. Ganhou o Prémio de Novelística Almeida Garrett 1968.
Parabéns para quem acertou.

4 comentários:

  1. Olá!
    A pedido, a partir de agora as respostas aos Desafios só serão mostradas aquando da publicação do desafio seguinte.
    Peço desculpa a quem já respondeu, e por sinal, acertadamente.Parabéns!
    Bjs.

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  2. Olá Teresa

    As suas pistas sempre ajudam. É Simone de Beauvoir no entanto tive dúvidas relativamente ao local de nascimento.
    Esta é uma autora de que se pode falar muito mas a sua definição de "mulher guerreira" já identifica a mulher que escreveu o ensaio "O segundo sexo" livro polémico atendendo à época em que foi escrito.
    O tema que é objecto de estudo ou análise, o papel da mulher na sociedade remete-me para um livro que li, excelente, de Geraldine Brooks, jornalista, com o título "Nove partes de desejo". Também nesta obra o tema é a mulher mas no mundo islâmico. Aos nossos olhos uma realidade inquietante e por isso mesmo não devemos cair no erro de analisar realidades que não conhecemos baseado em estereótipos. Acredito que devemos fazer o exercício de perceber que é uma outra realidade, uma outra cultura com excessos e fragilidades como outra qualquer. É uma viagem interessante a um mundo diferente mas que singularmente e paradoxalmente, à parte fundamentalismos ou não, se toca tanto com o nosso. Até que pessoas guerreiras, homens ou mulheres, avancem um passo as restantes adaptam-se.
    Simone fez e faz parte do grupo dos que não se adaptam.
    Terá sido por amar esta mulher que Sartre dizia "a existência precede a essência"?

    Um abraço
    Maria J.B.



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