As flores que nossa alma descuidada Colhe na mocidade com mão casta, São belas, sim: basta aspirá-las, basta Uma vez, fica a gente enfeitiçada. Nascem num prado ou riba sossegada, Sob um céu puro e luz serena e vasta; Têm fragância subtil, mas nunca exausta, Falam d’Amor e Bem à alma enlevada… Mas as flores nascidas sobre o asfalto Dessas ruas, no pó e entre o bulício, Sem ar, sem luz, sem um sorriso do alto, Que têm elas, que assim nos endoidecem? Têm o que mais as almas apetecem… Têm o aroma irritante e acre do Vício!
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