02 fevereiro, 2011

"Matteo perdeu o emprego" - Gonçalo M. Tavares

Matteo perdeu o emprego” foi a primeira obra que li de Gonçalo M. Tavares.
Talvez não tenha sido boa ideia.
Vou ter de ler mais (aceito sugestões) para confirmar se, e apenas na minha perspectiva, estamos perante o grande escritor português do século XXI, de quem Saramago disse: “Prevejo que ele virá a ganhar o Prémio Nobel”.

O livro está dividido em duas partes.
Na primeira parte temos 25 pequenas histórias caricatas, vividas por 25 personagens. Em cada uma delas há um pormenor que faz a ligação com a história seguinte. As histórias aparecem por ordem alfabética dos personagens. “Matteo perdeu o emprego” é a 25ª história, e a mais desenvolvida.
Na segunda parte, num Posfácio, o autor analisa os contos e explica a ligação entre os vários acontecimentos, onde tudo acontece por ordem alfabética. “tudo responde pela ordem alfabética do seu nome. Mas uma ordem inclui dentro de si a possibilidade de infinitas combinações.”
Eis o último parágrafo do livro:
“A hierarquia pelo alfabeto não é, pois, uma brincadeira de crianças. Pode representar a salvação (já passaram a minha letra), uma condenação (sou eu!) ou representar ainda o tempo da ameaça suspensa (ainda não chegaram à minha letra).”

Matteo perdeu o emprego, de Gonçalo M. Tavares
Porto Editora, 2010
210 págs.

7 comentários:

  1. Vejo que não ficou deslumbrada com o autor, eu vou ler um pequeno livro dele, "O Elliot e as Conferencias". Se as contas de Saramago baterem certo vamos ter Nobel daqui a 18 anos; -).
    Também estou a ler outro autor que dizem poder ser Nobel, António Lobo Antunes, estou quase a acabar os "Sôbolos Rios que Vão".

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  2. Olá Tiago,
    Não consigo ler António Lobo Antunes. Começo os livros e não os acabo...
    Aconteceu o mesmo com o Saramago, até que descobri o Memorial do Convento. A partir daí, foi de seguida...

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  3. Saramago para mim é único, é sem dúvida, e a grande distancia dos outros, o meu autor preferido.
    Também já acabei os "Sôbalos Rios que Vão", é um livro de muito difícil leitura, quem diz que Saramago é difícil, faço ideia o que dirá de Lobo Antunes. Gostei bastante da obra, confesso que por vezes tive muita dificuldade em seguir o rumo dos acontecimentos, mas dei cada segundo perdido há frente do livro como bem empregue.
    Agora estou a acabar "O Anjo Branco" de José Rodrigues dos Santos.

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  4. Cara Teresa,
    Acabei a poucos dias de ler "O Elliot e as Conferencias", para ser sincero não gostei, simplesmente adorei. É um livro que nos faz pensar e eu gosto muito desse tipo de livros. Só não vou ler o último dele porque é muito extenso, mas assim que publicar outro, independente do seu tamanho, não o vou deixar de ler.

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  5. Olá Tiago,
    Fiquei curiosa e acho que vou tentar mais uma vez pegar no autor.
    Ando um pouco arredada dos livros e das leituras.
    Por vezes acontece...
    Vejo que continua com óptimas leituras. Muito bem.

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  6. Cara Teresa,

    Acabei á poucos dias de ler Aprender a Rezar na Era da Técnica, confesso que fiquei rendido com o livro. Os temas abordados e a forma como o autor os desenvolve são quanto a mim magníficos. Na minha opinião é um livro que está ao nível do Memorial do Convento de Saramago. (Está comparação só é valida para a qualidade do livro, tudo o resto é diferente)

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  7. Olá Tiago,
    Obrigada pela sugestão.
    Rendo-me e desta vez vou mesmo voltar ao autor, mas só para Setembro - agora vou de férias das "lides bloguistas".
    Boas leituras.

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